
A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou para 0,16% em março, após registrar 0,83% em fevereiro. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (10), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse resultado, abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, surpreendeu os analistas consultados pela agência Bloomberg, que esperavam uma variação de 0,25%.
Com essa desaceleração, o IPCA acumula 3,93% nos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE, uma queda em relação aos 4,50% registrados em fevereiro.
IPCA, Selic e projeções
O comportamento dos preços no IPCA é crucial para a definição da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Em 2024, a meta de inflação perseguida pela instituição é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
As projeções do mercado financeiro apontam uma inflação de 3,76% para o final de 2024, conforme a edição mais recente do boletim Focus divulgada pelo BC, abaixo do teto da meta de 4,5%.
Setor de serviços
Apesar dos indicadores positivos, o setor de serviços tem sido motivo de alerta para o BC neste ano, devido aos sinais de persistência inflacionária, especialmente com o mercado de trabalho aquecido no Brasil, de acordo com economistas.

Esse comportamento dos preços pode retardar o processo de desinflação e, consequentemente, diminuir o ritmo de redução da taxa básica de juros, que atualmente está em 10,75% ao ano.
Vale ressaltar que as projeções do mercado financeiro também apontam uma taxa de juros de 9% ao final de 2024, segundo o boletim Focus.
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