Caso Gritzbach: empresário sabia que PCC já tinha negociado sua morte em R$ 3 milhões

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, foi assassinado na sexta-feira no aeroporto Internacional de Guarulhos por desconhecidos armados com uma pistola e um fuzil, que fugiram em seguida em um Gol preto. A notícia é o UOL.

Gritzbach, que delatou esquemas do PCC na Capital e também de policiais corruptos, sabia que sua cabeça estava a prêmio e já tinha entregado ao Ministério Público um áudio onde dois interlocutores negociavam a morte dele por R$ 3 milhões.

A gravação foi feita pelo próprio empresário. Ele estava em seu escritório com um policial civil amigo quando o agente recebeu uma ligação de uma pessoa ligada a uma das empresas de ônibus de São Paulo suspeita de integrar a facção criminosa.

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O policial deixou o telefone em viva voz para que o empresário escutasse e o autor da ligação pergunta ao policial se “3″ estava bom (referindo-se aos R$ 3 milhões) e se o passarinho (Gritzbach)  já estava voando (saindo de casa).  A ligação é encerrada momentos depois.

Sem que o policial soubesse, Vinicius gravou essa ligação em seu próprio telefone e a apresentou ao MP pedindo reforço de sua escolta.

O que a polícia já sabe sobre o crime:

A investigação sobre a morte de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, continuam e, até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Mas, a polícia já sabe que o delator do PCC foi atingido por quatro tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito (região localizada entre a cintura e a costela).

Duas armas (um fuzil e uma pistola) também foram apreendidas pela polícia neste sábado, 9. Elas estavam próximas ao local em que o carro foi abandonado, cerca de 7 km  de distância do aeroporto.

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