UBS corta recomendação de Vale por fundamento do minério de ferro no médio prazo

Logo da Vale (REUTERS/Washington Alves)

(Reuters) – Analistas do UBS cortaram a recomendação para os ADRs (recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York) da Vale (VALE3) para “neutra” ante “compra”, bem como o preço-alvo de US$ 14 para US$ 11,50, de acordo com relatório enviado a clientes nesta segunda-feira assinado pelos analistas Myles Allsop, Caio Greiner e Daniel Major.

“A Vale fez progressos significativos em 2024, melhorando o desempenho operacional, resolvendo o litígio da Samarco no Brasil e nomeando um novo CEO”, afirmaram os analistas, acrescentando que veem potencial para mais progresso nos próximos seis meses com a melhoria das relações governamentais para facilitar o novo acordo de concessão ferroviária e a modernização da regulamentação de cavernas.

“No entanto, continuamos preocupados com os fundamentos do minério de ferro no médio prazo e vemos desvantagens no preço à vista; em nossa opinião, as exportações de aço da China são vulneráveis ​​a restrições globais improváveis ​​de serem totalmente compensadas pelo estímulo.”

A equipe do banco suíço afirmou esperar que a mineradora volte a pagar dividendos mínimos aos acionistas apenas em 2025/26, com excesso de fluxo de caixa livre para financiar os desembolsos. Em uma conta que considera a tonelada de minério de ferro a US$ 100, eles estimamos o FCF (fluxo de caixa livre) de 2025 em cerca de 3% e o dividend yield (valor do dividendo sobre o preço da ação) ao redor de 7%.

“Considerando os crescentes riscos macroeconômicos após as eleições nos EUA, reduzimos nossas previsões de prêmio de minério de ferro e volume de pelotas para 2025 e 2026 e cortamos nosso (prognostico para o) Ebitda (da companhia) para 2025 e 2026 em cerca de 9%.”

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