Lula articula apoio de igrejas para manter veto ao projeto das “saidinhas”

Presos durante saidinha temporária. Foto: Reprodução

Na última quinta-feira (11), o presidente Lula (PT) vetou o trechos do Projeto de Lei que dá fim às “saidinhas” de presos. No entanto, o Congresso está se mobilizando para derrubar esse veto e, por isso, o petista está buscando apoio de governadores, lideranças religiosas e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para evitar a reversão de sua decisão.

Lula divergiu do Congresso ao manter as saídas para visitas familiares em datas comemorativas. Embora o presidente tenha mantido 98% da proposta original, a decisão final sobre o veto caberá aos parlamentares. A proposta contou com amplo apoio no Senado e teve votação simbólica na Câmara.

Segundo a Folha de S.Paulo, integrantes do governo afirmam que pretendem mobilizar lideranças religiosas, especialmente das igrejas evangélica e católica, para sensibilizar os congressistas pela manutenção do veto. A estratégia se baseia na temática de ressocialização e família, áreas em que muitas igrejas têm atividades.

Lula falando em microfone com bandeiras ao fundo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Reprodução/Agência Brasil

Há também uma tentativa de aproximação com os evangélicos, especialmente após uma pesquisa do Datafolha indicar aumento na reprovação desse grupo ao governo.

Por outro lado, o governo buscará também o apoio dos governadores, destacando o potencial de crises e rebeliões nos presídios, conforme alertado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

No entanto, a iniciativa enfrenta resistência de governadores do Sul e do Sudeste, que apoiaram a proposta aprovada no Congresso. O relator da medida na Câmara, Guilherme Derrite (PL-SP), hoje secretário de Segurança Pública de São Paulo, defendeu a aprovação da medida.

Lideranças do Congresso Nacional consideram certa a derrubada do veto. Representantes da Câmara e do Senado afirmaram que não haverá grandes dificuldades para isso.

Para que o veto seja derrubado, é necessária maioria absoluta dos votos em cada Casa, ou seja, pelo menos 257 deputados e 41 senadores precisam votar a favor. Um representante do centrão afirma que não será necessário grande articulação, visto que o tema conta com amplo apoio parlamentar.

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