Em votação-relâmpago, vereadores de São Paulo reajustam os próprios salários em 37%

Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo (Foto: André Bueno/CMSP)

Em votação única e simbólica, na qual não houve voto nominal, mas 7 votos contrários e uma abstenção, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou, na terça-feira (12), um reajuste de 37% dos salários dos parlamentares municipais. A “votação-relâmpago” foi feita em apenas 23 segundos.

Com o aumento, os vencimentos dos vereadores passam dos atuais R$ 18.991,68 para R$ 24.754,79 a partir da próxima legislatura, a ser iniciada em fevereiro de 2025.

A assessoria da Câmara Municipal divulgou nota sobre o aumento salarial. “O último reajuste aprovado em plenário aos vereadores de São Paulo aconteceu em dezembro de 2016. De lá para cá não houve nenhuma correção salarial. O reajuste aprovado nessa terça-feira (12) ficou bem abaixo da inflação acumulada de janeiro de 2017 a outubro de 2024, que é de 47,34%. Além disso, respeita o teto previsto na Constituição, que é de 75% do subsídio dos deputados estaduais”, diz o texto. 

Sem sanção

O projeto do aumento salarial não depende de sanção do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A iniciativa partiu da Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo vereador Milton Leite (União Brasil), tendo recebido pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça, de Administração Pública e de Finanças e Orçamento.

A maioria dos vereadores que votou contra a proposta foi da bancada do PSOL – Celso Giannazi, Elaine do Quillombo Periférico, Luana Alvez, Professor Toninho Vespoli e Silvia da Bancada Feminista –, além de Fernando Holiday (PL) e Jussara Basso (PSB).

(Com Agência Brasil)

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