Bolsonaro e filhos silenciam sobre ataque de homem-bomba ao STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Tiü França, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

Tanto Jair Bolsonaro (PL) quanto seus filhos não se manifestaram até agora sobre a tentativa de atentado ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França, apoiador do ex-presidente e candidato a vereador em 2020 pelo mesmo partido.

O episódio, ocorrido na quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, chocou o país, mas até o momento não houve manifestações públicas da família. A última postagem de Bolsonaro nas redes sociais, realizada por volta das 8h desta quinta, não menciona o caso. O ex-presidente se limitou a compartilhar temas relacionados a privatizações realizadas durante seu governo.

Último post realizado por Bolsonaro nos stories de seu perfil no Instagram – Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente, até agora optaram por também não comentar o ataque, assim como o caçula Jair Renan, vereador eleito em Santa Catarina.

Flávio, além do silêncio, publicou ataques ao governo do presidente Lula (PT). Carlos Bolsonaro seguiu a mesma linha, enquanto Eduardo focou suas postagens nas movimentações políticas nos EUA após a vitória de Donald Trump. Renan apenas compartilhou uma entrevista recente do pai na qual ele bajula Trump.

Flávio Bolsonaro ataca Lula em seu último post após atentado ao STF
Último post de Carlos Bolsonaro depois de ataque ao prédio do Supremo

Tiü França, que tentou uma vaga como vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL em 2020, era conhecido por seu apoio a Bolsonaro e por compartilhar conteúdos de teor radical nas redes sociais. Na carta que divulgou antes do ataque, ele utilizou a mesma retórica empregada por Bolsonaro, referindo-se a opositores políticos como “comunistas” e mencionando figuras como José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e o jornalista William Bonner, chamando-os de “comunistas de merda”.

O ataque levou à evacuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao isolamento da Praça dos Três Poderes. A Polícia Militar e o Batalhão de Operações Especiais foram acionados para investigar o local e garantir a segurança nas imediações, que ficaram sob intensa vigilância após as explosões.

Em uma mensagem no WhatsApp, Tiü França deu um prazo de 72 horas para que a Polícia Federal desativasse as bombas, mas acabou se explodindo com os próprios artefatos.

Carta compartilhada por Tiü França antes do bolsonarista realizar atentado com bomba ao STF – Foto: Reprodução

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