“Não é aceitável que se proponha anistia”, diz chefe da PF após atentado no STF

andrei rodrigues diretor da PF - marcelo camargo-agencia brasil

Na entrevista coletiva na qual detalhou o andamento das investigações sobre a tentativa de atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), na noite da última quarta-feira (13), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que não é aceitável que seja aprovada qualquer anistia aos condenados por ataques ao Estado Democrático de Direito. 

No momento, as duas hipóteses investigadas pela PF são de terrorismo e de ataque ao Estado Democrático de Direito. O inquérito instaurado pela corporação foi encaminhado ao Supremo, pela suposta conexão com outras apurações semelhantes em andamento – como os atos violentos de 8 de janeiro de 2023. 

Questionado sobre a possibilidade de anistia – defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional –, Rodrigues fez coro às declarações do ministro Alexandre de Moraes, do STF, mais cedo, e rechaçou qualquer condescendência com os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro

“Hoje, o ministro Alexandre de Moraes já comentou esse assunto. Eu, aqui, faço coro às suas palavras. Vejam a gravidade e a extensão desse processo. Não é razoável pessoas cometerem atos terroristas, tentarem assassinar outras pessoas, tentar vitimar policiais… De fato, não estamos falando de um grupo de pessoas que quebrou um quadro ou uma cadeira. Estamos falando de ações violentas ao Estado Democrático de Direito, de ações gravíssimas e tentativa de homicídio”, disse o chefe da PF.

“Eu também entendo que não é aceitável que se proponha anistia para esse tipo de pessoa”, completou Rodrigues. 

Novas ameaças ao Supremo

Na entrevista, Andrei Rodrigues confirmou que recebeu a informação de que o STF teria sido alvo de novas ameaças, desta vez por e-mail, nesta quinta-feira. 

“Eu recebi hoje a informação de que há novas ameaças. Não sei se foi encaminhado hoje ou se chegou hoje”, disse o diretor-geral da PF, sem dar maiores detalhes. 

Rodrigues também confirmou que esteve reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última noite, logo depois do atentado em frente ao STF. 

“De fato, estive com o presidente, reportando a ele os episódios, dada a gravidade da situação, para que ele pudesse ter ciência de tudo o que estava acontecendo”, afirmou. 

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