PL vai ao TSE para desfiliar terrorista morto após ataque na Praça dos Três Poderes

O terrorista Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador pelo PL em 2020. Foto: Reprodução

O atentado com explosivos cometido por Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, na noite de quarta-feira (13), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), gerou uma série de reações no cenário político. Ex-candidato a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL), o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Francisco teve sua desfiliação solicitada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no mesmo dia do ataque, uma medida interpretada como uma tentativa do partido de se dissociar do episódio.

Francisco obteve apenas 98 votos nas eleições municipais de Rio do Sul (SC), cidade onde residia, e desde então não participava ativamente da vida partidária, segundo lideranças do PL. No entanto, sua filiação, ainda registrada no TSE, motivou críticas e esforços para desvincular o partido e seus representantes, incluindo Bolsonaro, do ato violento.

O senador Jorge Seif (PL-SC) e outros líderes bolsonaristas rapidamente adotaram uma narrativa para separar Francisco da atual fase do partido. Seif destacou que a filiação de Francisco ao PL ocorreu em 2020, antes de Bolsonaro se unir à legenda em novembro de 2021.

Nas redes sociais, o senador lembrou que, na época da candidatura de Francisco, o partido estava coligado com o PDT em Rio do Sul.

A nota oficial divulgada pelo diretório catarinense do PL reforçou a condenação a atos de violência e reafirmou o compromisso com a democracia. “Defendemos firmemente o equilíbrio entre os poderes da República”, destacou a legenda, em uma tentativa de minimizar o impacto do atentado na imagem partidária.

O ataque de Francisco ocorreu em um momento delicado, quando o Congresso ainda discutia um projeto de lei de anistia para extremistas envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Com a repercussão do atentado, as negociações em torno do projeto foram congeladas, enfraquecendo a estratégia da direita para reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ação de Francisco trouxe à tona não apenas suas próprias motivações, mas também o desafio enfrentado por partidos políticos ao lidar com filiados que adotam posturas extremistas.

Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, era conhecido em sua cidade natal, Rio do Sul, por seu engajamento político e discursos nacionalistas. Em sua campanha de 2020, usou o slogan “Ame tua casa, ame teu país, seja patriota” e declarou bens que incluíam quatro veículos e um prédio de dois andares avaliado em R$ 200 mil.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.