“Fui reconhecido”, disse delator do PCC a motorista em Maceió antes de morrer

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach em close, com expressão de espanto, do lado esquerdo de foto
O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach em reportagem – Reprodução/Record

Antes de morrer no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, o delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, foi reconhecido em Maceió por um homem que lhe devia R$ 6 milhões. De acordo com o depoimento do motorista de Gritzbach, Danilo Lima Silva, de 35 anos, o empresário revelou que o devedor, ao vê-lo desembarcando na cidade, ficou surpreso, mas que faria parte do pagamento com joias.

Danilo contou que Gritzbach o orientou a buscar as joias em um quiosque na praia de Maceió, com a missão de encontrar um homem identificado apenas como Alan. O motorista descreveu que Alan estava usando uma camisa do Barcelona e carregava uma sacola preta, momento em que entregou as joias a Danilo, que estava acompanhado por Samuel Tillvitz da Luz, um soldado da Polícia Militar. O policial era um dos cinco PMs contratados para fazer a escolta de Gritzbach. Após receber as joias, Danilo as fotografou e enviou para o empresário, que autorizou o retorno de sua equipe à pousada onde estavam hospedados.

A Polícia de Alagoas está investigando a identidade do homem chamado Alan, enquanto a Polícia de São Paulo acredita que o devedor de Gritzbach possa estar relacionado ao narcotraficante Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, que foi assassinado em 2021.

Gritzbach havia sido acusado de ser o mandante do assassinato de Cara Preta, devido a uma disputa envolvendo criptomoedas. Segundo informações, o narcotraficante teria investido mais de R$ 100 milhões nas criptomoedas de Gritzbach, mas o dinheiro nunca foi devolvido.

Agentes marcando local onde Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no Aeroporto de Guarulhos
Local onde Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto – Reprodução

Além da dívida milionária, a investigação aponta que o devedor que reconheceu Gritzbach no aeroporto seria um dos principais suspeitos no assassinato do empresário. Gritzbach, que viajou a Maceió para passar o final de ano com a família, foi morto com 10 tiros ao retornar a São Paulo, no aeroporto de Guarulhos. O fato de os assassinos terem informações privilegiadas sobre sua chegada levanta suspeitas de que o crime tenha sido premeditado.

A relação de Gritzbach com o PCC e o envolvimento com o tráfico de drogas e criptomoedas trazem mais complexidade ao caso. Ele foi acusado de organizar a execução de Cara Preta, um poderoso narcotraficante, por conta de uma fraude financeira relacionada a investimentos em criptomoedas. A morte de Gritzbach, que ainda estava sendo investigada por vários outros crimes, levantou uma série de teorias sobre os motivos por trás do assassinato e a possível retaliação.

As informações são de Josmar Jozino, no uol.

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