Investigação chega a empresas de policiais de SP denunciados por delator do PCC morto

Vinicius Gritzbach foi morto no Aeroporto Internacional de São Paulo. Foto: Reprodução/

A investigação da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo revelou uma série de empresas vinculadas aos policiais mencionados na delação premiada de Antônio Vinícius Gritzbach, empresário do PCC executado em frente ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no último dia 8.

A execução ocorreu oito dias após Gritzbach denunciar supostos achaques praticados por delegados e investigadores da polícia paulista. Entre as informações levantadas, destaca-se a ligação de um agente de telecomunicações com a Baronesa Motors, uma concessionária de veículos de luxo em Bragança Paulista, no interior de São Paulo.

O investigador foi inicialmente sócio da empresa, mas transferiu sua participação para a esposa em março de 2023. A esposa também aparece como sócia de outra empresa registrada na cidade, a MD Construção Incorporação Ltda.

Além disso, um investigador citado na delação de Gritzbach seria proprietário de outras empresas, como a Magnata, uma construtora registrada em Praia Grande, no litoral paulista, e a Punisher, que oferece consultoria em segurança. A investigação agora se concentra em entender como esses policiais, com salários em torno de R$ 6 mil mensais, conseguiram acumular tais fortunas.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) está conduzindo uma força-tarefa para apurar a execução de Gritzbach, envolvendo pelo menos 13 policiais, incluindo oito PMs responsáveis pela escolta do empresário e cinco policiais civis mencionados em suas denúncias.

Momento da execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach. Reprodução

Parte dos agentes foi afastada, e o caso também envolve um agente penitenciário, pessoas com dívidas com Gritzbach e membros da facção criminosa que ele delatou. O empresário foi assassinado por dois homens encapuzados e armados com fuzis, em uma execução filmada por câmeras de segurança.

Além de Gritzbach, um motorista de aplicativo foi morto e três pessoas ficaram feridas. A SSP investiga o caso como homicídio, lesão corporal e localização e apreensão de objetos. Em sua delação premiada homologada em abril, Gritzbach revelou que agentes de segurança estavam envolvidos em extorsão e lavagem de dinheiro para o PCC.

O empresário também denunciou um advogado ligado à facção que teria oferecido R$ 3 milhões a um policial civil para matar Gritzbach. Além disso, relatou que foi cobrado em R$ 40 milhões para não ser investigado como suspeito de ser o mandante de assassinatos ligados ao PCC.

Até o momento, os assassinos não foram identificados ou presos, e as investigações continuam para apurar todos os envolvidos na execução e os crimes de corrupção e extorsão.

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