Tesouro Direto: taxas sobem na contramão do dólar; prefixados vão a 13,41%

Após terem alívio na semana passada, as taxas de títulos do Tesouro Direto voltam a avançar nesta segunda-feira (18), acompanhando leve alta nos rendimentos dos papéis americanos (Treasuries) e diante da espera do mercado pelo pacote de corte de gastos prometido pelo governo, que deverá ser apresentado após a Cúpula do G20, no Rio.

Destaque novamente para os títulos mais curtos, com o prefixado com vencimento em 2027 atingindo o patamar de 13,41% de remuneração ao ano, 0,10 ponto percentual a mais que no fechamento da última quinta-feira (14), véspera do feriado.

O título com vencimento em 2031 também paga mais do que na quinta: 13,06% contra 13,14% ao ano nesta segunda. Já o papel com juros semestrais e vencimento em 2035 entrega 12,83% anuais, ante 12,77% na última semana.

O movimento ocorre na contramão do dólar, que opera em queda de cerca de 0,80% nesta segunda, com o mercado aguardando um pacote fiscal mais robusto por parte do governo após jornais estimarem a cifra de R$ 70 bilhões em cortes de gastos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta está pronta, apenas aguardando apenas ajustes na Defesa.

Nesta segunda também começam a valer os novos limites do Tesouro Direto. O investimento mínimo caiu de R$ 30 para 1% do valor do papel (que pode ser de menos de R$ 2), e o limite máximo subiu de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.

Títulos de inflação também operam com taxas em alta na sessão, com o papel mais curto, de 2029, rumando novamente para os 7% de juros reais por ano: na atualização das 13h01, oferecia 6,94% além do IPCA. Títulos mais longos de diversos vencimentos, entre 2035 e 2055, entregavam entre 6,69% e 6,77% ao ano de ganho real no mesmo horário.

Confira os detalhes dos títulos do Tesouro Direto às 13h01 desta segunda-feira (18):

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