Cruzeiro do Sul (CSED3): XP e Morgan reforçam compra após 3T24 e ações sobem 10,30%

Campus Villa Lobos da Universidade Cruzeiro do Sul

A XP Investimentos e o Morgan Stanley recomendam compra para as ações da Cruzeiro do Sul (CSED3) após a universidade divulgar, na quinta-feira (14), os resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano (3T24). Os ativos CSED3 saltaram 10,30%, a R$ 3,64, nesta segunda-feira (18).

Para a XP, o crescimento consistente, a redução da alavancagem financeira e a maior eficiência na gestão de custos são fatores que contribuem para a classificação. Por sua vez, o Morgan Stanley diz que a empresa está bem posicionada para continuar entregando crescimento sólido, com um balanço patrimonial robusto e margens em expansão.

A Cruzeiro do Sul registrou um lucro de R$ 62 milhões no 3T24, representando um aumento de 87% em relação aos R$ 33,2 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Trata-se do maior resultado trimestral da empresa desde sua abertura de capital, em fevereiro de 2021.

A companhia também apresentou uma geração de caixa livre de R$ 199 milhões no trimestre, um crescimento expressivo na comparação anual. Entre julho e setembro, a receita líquida cresceu 10,6%, alcançando R$ 625 milhões, impulsionada pelo aumento de 7% na base de alunos de graduação presencial, totalizando 156 mil estudantes, e de 16% na modalidade digital, que chegou a 331 mil matriculados. No ensino presencial, a companhia manteve uma taxa de retenção elevada, com cerca de 90% dos alunos aptos permanecendo na base.

A empresa encerrou setembro com uma dívida líquida de R$ 781 milhões, abaixo dos R$ 851,7 milhões registrados ao fim de junho, mas superior aos R$ 569,5 milhões de setembro do ano passado. A alavancagem financeira passou de 1,3 vez para 1,4 vez no período.

Os analistas da XP observaram que o lucro líquido ajustado alcançou R$ 64 milhões no trimestre, impulsionado por melhorias nas taxas de retenção e expansão da base de alunos. A margem Ebitda ajustada também registrou forte avanço, com alta de 2,8 pontos percentuais, que segundo a corretora é o reflexo de investimentos em eficiência operacional e tecnologia.

Já o Morgan Stanley destacou a expansão estratégica no segmento de medicina, com a aprovação de 180 novas vagas e a aquisição de 154 vagas do Centro Universitário de Pinhais (Fapi), elevando o total para 1.019. A ampliação, diz o banco, reforça a posição de liderança da Cruzeiro em um segmento de alta demanda e margens atrativas.

“Está diminuindo no presencial e desacelerando no ensino a distância, o que é esperado devido a bases de comparação difíceis e ao ambiente setorial desfavorável. Mesmo assim, a Cruzeiro fez sua lição de casa, melhorando a retenção e a política de preços. As matrículas e a receita continuaram com uma sólida tendência de crescimento de dois dígitos”, diz o relatório.

Os estrategistas afirmam também que a estratégia da companhia, aliada à sua forte execução comercial, deve continuar gerando resultados positivos e sustentando o interesse de investidores.

Com o desempenho do trimestre, as ações da Cruzeiro do Sul permanecem entre as principais recomendações no setor de educação, o que promete elevar o potencial de valorização a longo prazo, segundo os relatórios financeiros. O Morgan tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, ou equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 4,50.

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