General preso por planejar morte de Lula recebia supersalário no gabinete de Pazuello

O general Mário Fernandes, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Contragolpe, nesta terça-feira, 19 de novembro de 2024 e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello – Foto: Reprodução

O general Mário Fernandes, preso nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal (PF) na Operação Contragolpe, recebia um supersalário de R$ 15,6 mil enquanto ocupava um cargo de confiança no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O militar é suspeito de participar de um plano de golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Nomeado em março de 2023, Fernandes ocupava um cargo de natureza especial na Câmara, exigindo nível superior completo. Ele foi exonerado em março de 2024 após ser citado no inquérito que investiga militares e ex-membros do governo Bolsonaro por tentativa de golpe. Segundo a PF, o general fazia parte de uma organização criminosa formada por especialistas em operações militares.

A Operação Contragolpe também prendeu o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares. Esses indivíduos são apontados como integrantes do grupo conhecido como “kids pretos”, composto por militares treinados em operações especiais, focados em sabotagem e insurgências populares.

De acordo com a PF, o grupo utilizou sua formação em Forças Especiais para planejar ações ilegais nos meses de novembro e dezembro de 2022, visando desestabilizar o governo eleito. As prisões ocorreram no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com mandados de busca e apreensão cumpridos simultaneamente.

O tenente-coronel Mauro Cid e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

A investigação ganhou impulso após a recuperação de dados apagados nos dispositivos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A PF utilizou tecnologia avançada para acessar os arquivos, que revelaram detalhes do planejamento e conexões entre os suspeitos.

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