Entenda o que acontece com as provas se delação de Mauro Cid for anulada

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira, 21 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (21). A audiência ocorre após a Polícia Federal (PF) enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório apontando omissões no acordo de delação premiada firmado com Cid em 2023.

Caso o STF decida pela anulação da delação, Mauro Cid perderá os benefícios do acordo, que incluem a redução de pena e a possibilidade de responder aos processos fora da prisão. A defesa do militar nega irregularidades e afirma que ele “sempre esteve à disposição da Justiça”.

Mesmo que a delação seja anulada, as provas obtidas por meio do acordo permanecem válidas. A Polícia Federal sustenta que essas evidências, incluindo dados de aparelhos eletrônicos recuperados, não dependem exclusivamente dos depoimentos do colaborador.

A delação do tenente-coronel já esteve sob análise em outras ocasiões. Em março deste ano, ele foi preso novamente após o vazamento de áudios em que fazia críticas à PF e ao STF. A Justiça considerou que ele descumpriu as regras do acordo ao falar publicamente sobre as investigações.

Entre as provas em questão estão mensagens e arquivos apagados pelo militar, mas posteriormente recuperados pela PF. Esses dados são considerados cruciais para a investigação de um suposto plano golpista que envolvia o assassinato de autoridades, como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.

O presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, alvos de possível plano golpista orquestrado após o fim do governo Bolsonaro – Foto: Reprodução

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