Lula “agradece” por estar vivo após tentativa de envenenamento por golpistas

Lula, presidente do Brasil, em evento com presidente da China. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, nesta quinta-feira (21), sobre a revelação de um suposto plano para envenená-lo, descoberta pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Contragolpe. O esquema criminoso, que também tinha como alvos o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi detalhado em uma investigação que resultou na prisão de quatro militares e um policial federal.

“Tenho que agradecer agora muito mais por estar vivo. A tentativa de envenenar eu e o Alckmin não deu certo, estamos aqui”, declarou Lula durante um evento no Palácio do Planalto com representantes da China.

“Eu queria começar cumprimentando a minha querida companheira Janja, cumprimentar o companheiro Xi Jinping, presidente da República Popular da China, cumprimentar a nossa companheira Dilma Rousseff, presidente Novo Banco de Desenvolvimento. E cumprimentar o companheiro, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, ministro do Desenvolvimento e Comércio, que escapou do envenenamento e está aqui com a gente”, disse o presidente no evento.

Lula também ressaltou o compromisso de seu governo em restaurar a normalidade democrática, afirmando que “de forma civilizada, você perde ou ganha” uma eleição.

Lula também destacou que seu objetivo não é perseguir adversários políticos, mas sim demonstrar com resultados concretos a superioridade de sua gestão.

“Eu não quero envenenar ninguém, nem perseguir ninguém. A única coisa que eu quero é que, quando terminar o meu mandato, a gente desmoralize com números aqueles que governaram esse país”, afirmou, mencionando investimentos em educação, saúde e infraestrutura como prioridades.

De acordo com a PF, o plano previa o uso de químicos para causar colapsos orgânicos em Lula e Alckmin, explorando visitas frequentes ao hospital. A execução de Moraes, por sua vez, incluía tanto o envenenamento quanto uma operação armada que seria realizada em 15 de dezembro de 2022, em Brasília. A ação foi abortada porque o STF encerrou a sessão do dia mais cedo do que o grupo esperava.

Os investigadores descobriram que documentos relacionados às tentativas de homicídio foram impressos no Palácio do Planalto e encontraram indícios de ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A PF classificou as ações como “clandestinas” e parte de uma operação chamada “Copa 2022”, em alusão aos codinomes adotados pelos envolvidos, que remetiam a países participantes do mundial de futebol.

O grupo incluía militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, e um policial federal que atuou na segurança de Lula durante o período de transição. Este último teria vazado informações confidenciais ao círculo próximo de Bolsonaro, aderindo ao plano golpista.

Lula aproveitou o pronunciamento para destacar a credibilidade do Brasil como destino de investimentos globais. “Tem condições, tem credibilidade e tem governo pra provar ao mundo que não existe ninguém melhor do que o Brasil. Pode existir igual, mas melhor não existe, e é isso que a gente vai provar”, declarou.

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