Raízen: XP não vê catalisadores no curto prazo, mas recomenda compra para RAIZ4

A XP Investimentos reduziu o preço-alvo da Raízen (RAIZ4), empresa com atuação nos setores de produção de açúcar e etanol, distribuição de combustíveis, geração de energia renovável e lubrificantes, de R$ 6 para R$ 4,40. Apesar da redução, o novo preço-alvo ainda representa um potencial de valorização expressivo de 78,1% em relação à cotação de fechamento da última terça-feira (19), que foi de R$ 2,47.

O corte foi motivado principalmente por um maior custo de capital impulsionado pelo aumento das taxas de juros e um beta elevado (decorrente do aumento da alavancagem e das incertezas em torno do início de produção do negócio de etanol de segunda geração).

A instituição financeira reiterou a recomendação de compra, mantendo-se otimista em relação ao desempenho da empresa no longo prazo.

Embora a XP veja um potencial significativo a longo prazo, os catalisadores de curto prazo para uma reavaliação permanecem limitados. A alta incerteza em torno do ramp-up (início de produção) do E2G (etanol de segunda geração) e o impacto das recentes mudanças na liderança pesam sobre a ação, em sua avaliação.

Os analistas comentam que os fundamentos sugerem um desempenho inferior no curto prazo, mas alertam os investidores que consideram posições vendidas, pois a estratégia contínua de reciclagem de portfólio da companhia pode atuar como uma surpresa positiva, gerando um sentimento positivo para a ação.

Em relação ao E2G, a XP adotou uma postura mais conservadora quanto a capacidade de longo prazo e agora modela nove plantas em sua premissa terminal, em comparação com a estimativa anterior de 25 plantas. “Esses ajustes refletem uma visão mais cautelosa sobre a tese de investimento, particularmente dadas as dificuldades impostas pela perspectiva financeira e operacional da companhia”, explica a instituição financeira.

Com relação as mudanças na alta administração, a XP acredita que os movimentos podem reacender o interesse na tese de investimento. No entanto, a corretora pontua que a nova equipe de gestão precisará estabelecer um novo histórico dentro da companhia e abordar efetivamente as preocupações mencionadas antes que o mercado se torne mais otimista em relação à ação.

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