Veja a lista dos 37 indiciados pela PF por tramar golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro e general Walter Braga Netto. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) encerrou, nesta quinta-feira (21), o inquérito que apurava a tentativa de golpe de Estado no Brasil após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. O relatório final pede o indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Os investigadores apontam que Bolsonaro teria cometido três crimes, sendo dois deles introduzidos no Código Penal em 2021, que preveem penas severas para ataques à democracia.

Veja a lista de indiciados: 

  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros
  2. Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
  3. Alexandre Rodrigues Ramagem
  4. Almir Garnier Santos
  5. Amauri Feres Saad
  6. Anderson Gustavo Torres
  7. Anderson Lima de Moura
  8. Angelo Martins Denicoli
  9. Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  10. Bernardo Romao Correa Netto
  11. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  12. Carlos Giovani Delevati Pasini
  13. Cleverson Ney Magalhães
  14. Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
  15. Fabrício Moreira de Bastos
  16. Filipe Garcia Martins
  17. Fernando Cerimedo
  18. Giancarlo Gomes Rodrigues
  19. Guilherme Marques de Almeida
  20. Hélio Ferreira Lima
  21. Jair Messias Bolsonaro
  22. José Eduardo de Oliveira e Silva
  23. Laercio Vergilio
  24. Marcelo Bormevet
  25. Marcelo Costa Câmara
  26. Mario Fernandes
  27. Mauro Cesar Barbosa Cid
  28. Nilton Diniz Rodrigues
  29. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
  30. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
  31. Rafael Martins de Oliveira
  32. Ronald Ferreira de Araujo Junior
  33. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  34. Tércio Arnaud Tomaz
  35. Valdemar Costa Neto
  36. Walter Souza Braga Netto
  37. Wladimir Matos Soares

O primeiro crime apontado no indiciamento é a “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, que se aplica a quem tenta, por violência ou grave ameaça, eliminar o regime democrático. A pena é de 4 a 8 anos de prisão.

O segundo é o “golpe de Estado”, caracterizado pela tentativa de depor, por meios violentos, um governo legitimamente eleito, com penas que variam entre 4 e 12 anos.

Por fim, o terceiro delito é a “organização criminosa”, previsto em lei de 2013, que descreve a atuação de grupos estruturados para praticar crimes graves. Nesse caso, a pena é de 3 a 8 anos de reclusão.

Jair Bolsonaro e Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. Foto: Reprodução

Além dessas acusações, a PF destacou que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de um plano elaborado por militares das Forças Especiais, conhecido como “kids pretos”, para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para desarticular o grupo acusado de planejar os assassinatos. O objetivo seria impedir a posse do governo eleito e instaurar um golpe de Estado.

De acordo com a PF, o grupo pretendia realizar os assassinatos em dezembro de 2022, além de monitorar continuamente o ministro Alexandre de Moraes. Os conspiradores também planejavam criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências das ações.

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