Ministros comemoram indiciamento de Bolsonaro pela PF: “Não aceitaremos retrocesso”

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 36 aliados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A PF concluiu o relatório final do inquérito que investiga a trama golpista e encaminhou o documento, que tem mais de 800 páginas, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas redes sociais, os ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestaram após o indiciamento de Bolsonaro.

Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o ex-presidente estava “no topo da cadeia de comando da organização criminosa” que planejou um golpe de Estado para impedir a posse de Lula.

“São crimes muito graves, são acusações muito sérias. Devemos agora aguardar manifestação do Ministério Público Federal para ver o entendimento do MPF sobre quais pessoas devem ser denunciadas e aí sim virarem réus”, declarou Pimenta.

Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que os novos detalhes “dos gravíssimos planos de golpe de Estado e de execução contra nossas lideranças políticas” confirmam que “o projeto de extermínio e ódio ao Brasil” vieram de cima.

“Nós resgatamos a democracia, e com ela o diálogo, o respeito e a civilidade. Não aceitaremos retrocesso algum”, completou a ministra.

Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, escreveu no X: “Urgentíssimo: Polícia Federal indicia Bolsonaro, Braga Neto e mais 35 pela tentativa de golpe. Bolsonaro e Braga Neto sabiam do plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF. Espero que a justiça os puna exemplarmente”.

Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, classificou o relatório da PF como incontestável. “Houve uma tentativa de golpe. Que o peso da lei recaia sobre todos os criminosos que atentaram contra a democracia e a vida”, afirmou.

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