Quem é o padre indiciado pela PF no inquérito sobre golpe

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal por plano golpista. Foto: Reprodução

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, sacerdote da Diocese de Osasco (SP), é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal em inquérito que investigou plano de golpe de Estado. O religioso teria participado das reuniões no Palácio do Planalto em 19 de novembro de 2022, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais.

Apontado como membro do “núcleo jurídico” do grupo golpista, o religioso tem mais de 420 mil seguidores no Instagram e ficou conhecido em 2016, quando o então vereador Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo pelo MDB, concedeu uma medalha a ele por sua atuação contra a “ideologia de gênero”.

Na ocasião, o padre recebeu a Salva de Prata, maior honraria da Câmara Municipal de São Paulo, e a homenagem gerou diversos protestos da comunidade LGBTQIA+ contra o então vereador.

Dois anos depois, em 2018, o padre acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de “ativismo” durante uma audiência sobre a descriminalização do aborto. Ele participou da discussão como representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Durante as eleições daquele ano, ele fez diversas manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro durante suas homilias e chegou a usar bandeiras do Brasil durante as missas.

Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva. Foto: Reprodução

O padre também é próximo de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, a quem chama de “grande amigo”. Ele também foi indiciado nesta quinta (21) e ficou preso por seis meses neste ano por suspeita de participação em plano golpista.

O religioso foi alvo de uma operação da Polícia Federal em fevereiro deste ano junto de Bolsonaro e outros aliados do ex-presidente. A ação da corporação foi motivada pela reunião golpista do padre no Palácio do Planalto.

O padre foi indiciado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, crimes cujas penas somadas chegam a 30 anos.

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