Gilmar: tentativa de golpe é crime consumado e anistia “não faz sentido”

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados é um crime consumado. Ele foi questionado sobre a iniciativa de tentar impedir a posse do presidente Lula por jornalistas nesta quinta (21).

“Quando se faz o atentado contra o Estado de Direito e ele se consuma, ele já não mais existe. Então é óbvio que o se pune é a própria tentativa de atentar contra o Estado de Direito”, afirmou Gilmar. Ele ainda apontou que “não faz sentido se falar em anistia” para os condenados pelo ataque do 8 de janeiro.

O ministro ainda afirmou que o clima entre os magistrados da Corte é de tensão após o terrorista que se explodiu na Praça dos Três Poderes na última semana e a revelação de um plano de militares para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

O general Mário Fernandes, preso por planejar assassinato de Lula, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

A declaração foi dada durante congresso da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) na manhã de hoje, em São Paulo. O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, também participou do evento e voltou a repudiar o movimento por anistia.

“A alma nacional começa a ficar com pena, a gente não pune na medida certa, e as pessoas não se corrigem. Aí na próxima eleição vão fazer de novo. No Brasil as pessoas querem anistiar antes de julgar, o que aconteceu ali não foi banal”, afirmou.

Apesar do envolvimento de militares no plano golpista, Barroso celebrou que “as Forças Armadas não embarcaram” no movimento. “Passamos no teste da institucionalidade. Tem que punir quem tem que punir”, completou.

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