Professor da USP é acusado de assédio e abuso sexual por 10 alunos

O professor de Direito da USP (Universidade de São Paulo) Alysson Mascaro. Foto: Reprodução

O jurista e professor de Direito da USP (Universidade de São Paulo) Alysson Mascaro é acusado de assédio e abuso sexual por alunos e ex-alunos. Os crimes teriam sido cometidos entre 2006 e o início de 2024 e incluem relatos de condutas como beijos forçados e até estupro.

Segundo o Intercept Brasil, as vítimas são homens, têm entre 24 e 28 anos e foram atraídas pelo professor com promessas de de apoio profissional. Elas afirmam que ele gostava de ressaltar a influência que teria e tentava intimidá-las para não expor os abusos.

Os responsáveis pelas denúncias ainda dizem que colegas e pessoas próximas do professor na Faculdade de Direito da USP sabiam do comportamento. Há relatos ainda de que alguns integrantes de um grupo de pesquisa apagavam comentários nas redes sociais que sugeriam assédio de Alysson.

A maioria das vítima relatou ter conhecido o professor no Grupo de Pesquisa Crítica do Direito e Subjetividade Jurídica, vinculado ao Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da USP.

Em uma das denúncias, a vítima diz que foi abusada ao longo de dois dias após ser convidado pelo professor a se hospedar em sua casa em São Paulo em 2022. Na ocasião, o professor disse que teria influência “no alto escalão” do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério Público (MP).

Professor é considerado referência no pensamento marxista no Brasil e ficou conhecido por livros publicados pela editora Boitempo e canal no YouTube com mais de 50 mil seguidores. Foto: Reprodução

A vítima diz que tinha medo de ser dopada para ser estuprada, morta ou responsabilizada posteriormente na Justiça. O professor ainda teria citado o nome de outros alunos e orientandos com quem teria se relacionado na ocasião.

O depoimento segue o relato de outras vítimas, que narram a mesma abordagem e relatam semelhanças em abusos ocorridos entre 2006 e 2007, com convites ao seu apartamento para tratar de assuntos acadêmicos e uma aproximação indesejada durante os diálogos.

A defesa do professor nega as denúncias, afirmam que as acusações “carecem de materialidade” e acusam os estudantes de tentarem “macular a honra de Alysson Mascaro”. “As imputações são fundadas em supostos relatos obtidos por meios manifestamente ilícitos e espúrios, que já estão sob apuração policial”, afirma.

A Faculdade de Direito da USP afirmou que “não foi formalmente informada sobre os fatos” e que vai instaurar um procedimento administrativo caso receba denúncias.

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