Tesouro Direto: taxas aceleram e prefixados batem novo recorde acima de 14%

As taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto voltam a avançar nesta terça-feira (3), após o PIB brasileiro avançar 0,9% no terceiro trimestre do ano e evidenciar mais uma vez aquecimento da economia, alimentando temores inflacionários. Destaque para os papéis prefixados, que atingem juros recordes acima do patamar de 14% ao ano.

O Tesouro Prefixado com vencimento em 2027, que já havia rompido o patamar de 14% momentaneamente na semana passada, tem taxa de 14,24% ao ano. Já o título que vence em 2031 encosta pela primeira vez em 14%.

Os papéis vinham de alívio nas taxas na segunda-feira (2), em meio a uma acomodação nos retornos e com investidores avaliando falas do do secretário de Política Econômica e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que reiterou que o BC está atento a possíveis disfuncionalidades do câmbio.

No entanto, o PIB cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024 reforça a avaliação de que a inflação deverá seguir como um desafio para a autarquia, sinalizando ainda mais a necessidade de aumento da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), na próxima semana.

“O aumento nas taxas de juros deve desacelerar a economia, assim como a desaceleração dos gastos do governo, mas esse movimento provavelmente será gradual. No geral, esperamos que a economia cresça 3,5% em 2024 e 2,4% em 2025”, avalia o Bradesco BBI.

Alta também na remuneração dos títulos de inflação. O título que vence em 2029 não renova recorde, mas segue acima dos 7% ao ano de juro real, pagando atualmente 7,15%. Já o papel de 2035 tem taxa de 6,89%, enquanto a versão com juros semestrais alcança 6,94%.

Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto nesta terça-feira (3) às 15h22:

(Fonte: Tesouro Direto)

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