Relação de general com Moraes reabre crise entre bolsonaristas e Exército

O general Valério Stumpf comandava o Estado Maior do Exército, segundo maior posto da tropa. Foto: Divulgação

O relatório da Polícia Federal sobre a trama golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro reabriu uma crise entre seus aliados e o Alto-Comando do Exército. A relação já estava desgastada por conta dos danos à imagem das Forças Armadas com a prisão de oficiais-generais e acusações de conspirações.

O ex-chefe do Estado-Maior do Exército, general Valério Stumpf, está no centro da confusão. Ele é apontado junto do atual comandante da Força, Tomás Ribeiro Paiva, e o ex-chefe militar do Nordeste, Richard Nunes, como líderes da resistência ao golpismo.

Stumpf foi chamado de informante do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por golpistas. Em conversas obtidas pela PF, bolsonaristas não identificados citaram a existência de um “informante do ovo [referência a Moraes]” e diziam que ele seria o “general Stumph” (sic).

Segundo a Folha de S.Paulo, as mensagens foram replicadas por bolsonaristas em diversos grupos e sites, o que gerou irritação no Alto-Comando. Stumpf já vinha sendo atacado desde novembro de 2022 por aliados do ex-presidente e chamado de “melancia” (verde por fora e vermelho por dentro) junto de Tomás, Richard e Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

O general Valério Stumpf, ex-chefe do Comando Militar do Sul. Foto: Reprodução

Atualmente na reserva, Stumpf chefia a Poupex (Associação de Poupança e Empréstimo), órgão que oferece serviços de crédito, poupança e financiamento a militares. Na época em que chefiava o Estado-Maior, ele era responsável pela interlocução da Força com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que era comandado por Moraes.

Ao longo da investigação, a PF mudou sua visão sobre Freire Gomes. Inicialmente, o general era apontado como suspeito de omissão, mas o relatório final passou a tratá-lo como uma espécie de escudo contra o golpe.

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