“Frida em Fragmentos e Passos” faz temporada na Funarte MG

Depois de esgotar sessões na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, a atriz Bárbara Oliveira volta a viver Frida Kahlo

Patrícia Cassese | Editora Assistente

No inicinho deste ano de 2024, a atriz Bárbara Oliveira conversou com o Culturadoria sobre o espetáculo “Frida em Fragmentos e Passos”, que ela protagoniza. À época, o mote era a participação da montagem na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Aliás, a iniciativa foi a prova cabal que o público merecia outra oportunidade para conferir a encenação: é que todas as sessões tiveram lotação máxima. Foi tão intenso que, na última delas, Bárbara conta que toda a equipe se emocionou a ponto de chegar às lágrimas.

A boa notícia é que “Frida em Fragmentos e Passos” está de volta. Desta vez, para três apresentações na Funarte MG. E, para falar dessa nova temporada, conversamos, mais uma vez, com Bárbara. Confira, a seguir, alguns trechos, por tópicos.

Participação na Campanha

A campanha foi um sonho realizado. E foi um sucesso. Na verdade, eu já tive a experiência de participar em outros anos, por uma companhia de teatro, mas dessa vez foi diferente, tinha um brilho diferente. Afinal, era uma peça autoral, com um processo criativo intenso, de 11 anos de pesquisas. Assim, a gente foi pego de surpresa com a repercussão. Eu imaginava que seria uma peça bem aceita, que seria incrível, pela equipe que a gente formou, pela dedicação e pela paixão que contaminou todo mundo estava trabalhando. Todo mundo ali, louco pela arte, pela cultura, querendo entregar o melhor. Mas os ingressos se esgotaram, e, assim, rápido, né?

“Com a alma sorrindo”

Enfim, ter a “Frida” estampada na capa de jornal, participação em rádio. Foi uma loucura. Uma loucura deliciosa e muito merecedora. Eu acho que a gente investiu na Campanha, ensaiou muito, dedicou muito, correu muito atrás de divulgação. Foram três dias de apresentações e, desse modo, três dias de casa cheia. Tudo no lugar, não teve nada errado, foi tudo perfeito. No último dia, foi surreal. A produção, técnica, todo mundo chorando e falando: ‘Bárbara, o que aconteceu?’. Porque parecia que eu estava voando no palco, foi muito mágico, lindo de viver. Assim, a gente está muito feliz de a “Frida” estar voando. Estamos com a alma sorrindo.

Artista inquieta

Eu sou uma artista inquieta. Sou movida a desafios, gosto de estar em constante transformação, sabe? E estudar a história e a obra da Frida Kahlo é algo que faço desde sempre. Então, quando acaba uma temporada, eu já pego meu caderninho, meu diário de criação e já vou rabiscando coisas novas, algo que eu vejo por aí, em peças de teatro de colegas de profissão, alguma coisa que me inspira… Pode ser uma reportagem, uma letra de música, qualquer coisa que me inspira, eu já vou escrevendo. Ou mesmo algo que eu releia nas obras.

Mudanças

Eu gosto muito de estudar as obras da Frida, ler sobre as obras, para entender esse universo e levar novas nuances ao palco, sabe? Então, a gente afinou duas coreografias do Ato 1 e do Ato 2. A gente trouxe passos de ballet contemporâneo inspirados na obra ‘A Coluna Partida’, que é uma das mais importantes de Frida, e que inclusive dá nome ao primeiro ato. E na coreografia do segundo, que é a do Diego e da Frida. Essa coreografia é responsável por trazer, de forma bem poética, bem bela, esse amor conturbado que os dois viveram. Então, a gente buscou inspirações em poemas de Frida – em relação ao Diego -, que ela escreveu no seu diário íntimo. Tal qual, algumas nuances, algumas poses, alguns quadros que a gente colocou dentro da coreografia.

A gente pegou, como inspiração, a apresentação de um balé clássico em Amsterdã, que achamos no Instagram. A nossa montagem, na verdade, não é uma peça, não é um balé… Mas ela tem a dança como um terceiro ator ali, porque o corpo mostra muito. Ele conta muita coisa, principalmente nesse diálogo do Diego e da Frida. Então, a gente fez essa construção meio que coletiva mesmo, durante os ensaios e os jogos cênicos. Assim, o ator Gustavo Pedra, que é meu colega de cena, nós construímos junto. E também afinando a coreografia com a nossa diretora, Adriana Rezende. E ficou belíssimo.

Bastidores

Inclusive, cheguei a compartilhar os ensaios no Instagram. Na verdade, eu acho bem interessante o que acontece por trás das cortinas, como funciona. E a gente gravou o processo criativo. Aliás,e teve um momento no qual a gente estava dançando que eu super me emocionei. E acho que, no ao vivo, ali, na hora mesmo, com figurino e tudo, vai ser de arrepiar.

Serviço

“Frida em Fragmentos e Passos”

Quando. Nesta sexta (19, de abril) e sábado (20), às 20h, e no domingo (21), às 19h
Onde. Funarte MG (Rua Januária, 68, Centro)
Quanto. Entre R$ 15 e R$ 35, no Sympla

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