Na expectativa da denúncia de Bolsonaro pela PGR, Moraes vai trabalhar nas férias

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com expressão pensativa e mão na boca
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comunicou ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que trabalhará de forma “plena” durante o recesso do Judiciário, entre 20 de dezembro e 6 de janeiro. Com informações da Veja.

A declaração foi feita na esteira da prisão do general Walter Braga Netto, aumentando as expectativas sobre possíveis denúncias envolvendo a tentativa de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota eleitoral de 2022.

Como relator do caso, Moraes será o responsável por analisar e decidir sobre a aceitação de uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além dele, os ministros André Mendonça, Gilmar Mendes e Dias Toffoli também se comprometeram a manter suas atividades durante o recesso, reforçando a atenção ao andamento de processos críticos.

O procurador-geral Paulo Gonet olhando pra frente, sério
O procurador-geral Paulo Gonet – Divulgação

A PGR, liderada pelo procurador-geral Paulo Gonet, pode apresentar a denúncia antes do retorno oficial das atividades judiciais, previsto para fevereiro. Embora discreto sobre sua agenda, ele deve trabalhar em pontos específicos do recesso, analisando os relatórios da Polícia Federal (PF) que embasaram o indiciamento de 40 pessoas, incluindo Bolsonaro e Braga Netto, por tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.

Os relatórios da PF revelaram indícios sólidos, como documentos encontrados no gabinete do assessor de Braga Netto, coronel Flávio Peregrino, que continham informações detalhadas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Novas revelações do militar, realizadas no fim de novembro, fortaleceram as investigações.

A prisão preventiva do general no último dia 14 marcou um momento histórico. Como general quatro estrelas, sua detenção sob a acusação de obstrução das investigações é inédita no Brasil em tempos democráticos. A PF apontou que o militar tentou acessar informações confidenciais sobre o conteúdo das delações de Mauro Cid, configurando uma tentativa de interferir nas investigações.

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