Aluna que planejou massacre em escola queria matar 10 pessoas; ela teve a prisão preventiva decretada

A estudante Lyedja Yasmin Silva Santos, de 19 anos, que foi presa após tentar realizar um massacre na Escola Estadual Berilo Wanderley, em Natal, no Rio Grande do Norte, disse aos policiais logo após o ataque que pretendia matar 10 pessoas. A jovem tentou atirar contra uma professora, mas a arma falhou, e depois feriu um colega com um tiro de raspão na cabeça. Na sequência, ela foi detida e o plano não se concretizou.

O ataque ocorreu na manhã da última terça-feira (17). Conforme a polícia, Lyedja tinha alvos específicos, mas tentou atirar aleatoriamente na escola. Ao ser questionada pelos policiais, ela disse que pretendia executar 10 vítimas, sem especificar quem eram, de fato. Porém, ao ser ouvida na delegacia, quando estava acompanhada por advogados, permaneceu em silêncio e não esclareceu qual era a motivação do crime.

A jovem foi autuada em flagrante por tentativa de homicídio qualificado. Ela passou por uma audiência de custódia na quarta-feira (18), quando teve a prisão convertida em preventiva, ou seja, sem tempo determinado.

A defesa da estudante não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

O rapaz baleado foi socorrido e levado ao Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, onde permaneceu internado. Na quarta-feira, ele passou por exames após se sentir mal e vomitar. Segundo familiares, apesar da situação, o quadro de saúde dele é considerado estável.

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Carta de despedida

Ao ser detida, Lyedja portava uma mochila, onde foram encontradas três facas, munição, um revólver calibre 38, além de livros sobre serial killers. Ela também levava uma carta de despedida, na qual destacou que “agiu sozinha e por conta própria” no ataque.

“Eu agi sozinha, adquiri tudo por conta própria e ninguém sabia de nada”, escreveu a jovem, quando também agradeceu a familiares e amigos e pediu que eles a entendessem, pois só assim ela “encontraria a paz”, sugerindo que tiraria a própria vida (veja abaixo).

Alunos e professores da escola ficaram surpresos com a atitude de Lyedja, que cursava o terceiro ano do Ensino Médio. Em entrevista ao “Metrópoles”, eles disseram que ela era reservada, calada, e ninguém nunca desconfiou de que pudesse cometer o ato.

O que disse a Secretaria de Educação?

Em nota, a Secretaria de Educação do Rio Grande do Norta lamentou o ataque. “Imediatamente após a ocorrência, a SEEC acionou as forças de segurança pública, que prontamente atenderam a situação. A pasta está contribuindo com todas as informações necessárias para auxiliar as investigações em curso, conduzidas pelas autoridades competentes, além de prestar todo o apoio necessário à escola”, informou.

A pasta destacou que reforçou “a segurança dos estudantes, professores e funcionários é prioridade e que acompanha de perto os desdobramentos deste caso. Expressamos nossa solidariedade à família do estudante atingido e a comunidade escolar. Reiteramos nosso compromisso em colaborar para que as medidas cabíveis sejam tomadas”.

Já a secretária Estadual de Educação, Socorro Batista, disse que uma equipe de investigação de crimes cibernéticos da Polícia Federal iniciou investigação do caso. Além disso, uma equipe do Ministério da Educação seguiu para Natal para acompanhar a situação dos alunos e professores da escola.

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