Preso por estupro, Gabriel Monteiro é condenado por invasão a hospitais

O ex-vereador Gabriel Monteiro, preso no Rio desde novembro de 2022 após acusação de estupro – Foto: Reprodução

Gabriel Monteiro, ex-vereador do Rio de Janeiro, foi condenado a 1 ano de detenção e 360 dias de multa por invasão de uma unidade hospitalar durante a pandemia. A sentença, proferida pela juíza Maria Tereza Donatti, do 4º Juizado Especial Criminal (Leblon), determinou que a pena seja cumprida por meio de prestação de serviços comunitários pelo mesmo período.

Em 26 de março de 2021, o ex-policial militar, acompanhado de assessores, entrou no CTI da Coordenação de Emergência Regional do Leblon, um espaço restrito para pacientes com Covid-19. Alegando realizar uma “vistoria”, ele acessou a área sem qualquer autorização e sem conhecimento técnico para usar os EPIs adequadamente.

O grupo utilizou equipamentos como celulares sem higienização, colocando em risco 20 pacientes em ventilação mecânica, que precisavam de cuidados intensivos. Além disso, eles se deslocaram para outro CTI, onde estavam internados pacientes em estado grave com outras condições de saúde.

A atitude de Monteiro foi criticada por expor tanto os pacientes quanto os profissionais do hospital à possibilidade de contaminação. A invasão foi considerada um ato de negligência que comprometeu a segurança sanitária da unidade.

Interesses pessoais

Na sentença, a magistrada destacou que o comportamento do ex-vereador foi motivado por interesses pessoais. “Como mandatário do povo, deveria ele agir conforme a lei, mas dela ele se afastou, em busca de promoção pessoal em seus canais veiculados pela internet”, afirmou a juíza.

Monteiro já havia sido cassado pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro por quebra de decoro parlamentar. Ele enfrentou acusações de estupro de vulnerável, assédio contra assessores e exposição de pessoas em situação de rua.

A juíza frisou que a gravidade do ato vai além de um desrespeito às normas de saúde pública. Segundo ela, “não estamos aqui tratando do cidadão que foi à praia sem máscara durante a pandemia”. Monteiro, segundo a magistrada, usou sua posição para benefício próprio, desconsiderando as leis.

Gabriel Monteiro ainda pode recorrer da decisão. Ele segue preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste do Rio, por suspeita de estupro, desde novembro de 2022.

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