Tragédia na BR-116: três crianças sobreviveram a acidente que matou 41, mas perderam pai ou mãe

Três crianças que seguiam com suas famílias no ônibus que se acidentou na BR-116, em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, sobreviveram. Porém, ficaram órfãs de pai e/ou mãe. A tragédia matou 41 pessoas, entre elas um casal e a filha de 1 ano, que moravam em Mauá, no ABC Paulista.

Conforme o site G1, entre as crianças que sobreviveram está Laura, de 8 anos, que viajava no ônibus com o pai, Erinaldo Vieira do Amaral, e a mãe, Anailda Marinho dos Santos. Moradores de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, eles pretendiam passar as festas de fim de ano na Bahia. No entanto, o casal não resistiu e morreu.

Laura foi socorrida e encaminhada a um hospital na região de Teófilo Otoni. Parentes relataram que ela sofreu queimaduras e segue sem previsão de alta.

Outra criança que sobreviveu foi Pedro, de 7 anos, filho da confeiteira Karine Boldrini, que também estava acompanhada da companheira, Milena Britto. As duas mulheres morreram no local, mas o menino foi socorrido com vida pelos bombeiros e já está sob os cuidados do pai.

A terceira menina que sobreviveu é Ingrid, de 13 anos, que estava com o pai, Max Borges do Santos. Eles moravam na capital paulista e viajavam para Vitória da Conquista, na Bahia, também para aproveitar o Natal com parentes. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu, sendo que a garota foi socorrida e segue internada.

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Família de Mauá

Entre as vítimas fatais também estão Josinaldo Pereira e Bianca de Jesus Ferreira pretendiam levar a filha, Valentina de Jesus Pereira, de 1 ano, para passar o Natal com parentes na cidade de Ipiaú, na Bahia. Porém, a viajem não chegou ao destino.

Imagens que circulam nas redes sociais mostra quando os pais comemoraram o primeiro aniversário da filha, no último dia 14 de outubro (assista abaixo). O casal estava junto desde 2020, sendo que o Josinaldo trabalhava em uma empresa de engenharia especializada em construções de alto padrão.

irmão de Bianca, Bruno Ferreira disse ao G1 que os três quase não viajaram porque estavam com dificuldade em conseguir passagens.

“Eu levantei de manhã no sábado, mandei mensagem. Era oito e alguma coisinha, ‘Bianca, já está onde? Já está chegando perto da Bahia?’ e nada de resposta. Deu meio-dia, eu, de novo, ‘Bianca, está aonde? Dá uma notícia’ e nada. Eu saí porque tinha um evento da igreja e chegando lá eu recebi a notícia que um ônibus que estava indo pra Bahia teve um acidente”, lamentou.

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O acidente

As vítimas embarcaram em um ônibus no Terminal do Tietê, em São Paulo, às 7h da última sexta-feira (20). O veículo seguia levando 45 pessoas para a Bahia, onde teria desembarques em várias cidades.

Quando estava na altura do Km 285 da BR-116, em Lajinha, comunidade rural de Teófilo Otoni (MG), houve o acidente envolvendo ainda um carro de passeio e uma carreta carregada com bloco de granito.

O ônibus pegou fogo e 41 ocupantes morreram, incluindo o motorista. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), parte da carga de granito levada pelo caminhão se desprendeu e isso pode ter causado o acidente. O caminhoneiro, que estava com a CNH apreendida há dois anos, fugiu do local e é considerado foragido.

Além do ônibus, um veículo de passeio se chocou contra a carreta. Os três ocupantes do Fiat Argo foram socorridos com vida e encaminhados para atendimento médico hospitalar.

A Emtram, empresa de transportes responsável pelo ônibus de viagem, se mostrou solidária aos familiares das vítimas e afirmou não saber o que causou a tragédia. “A empresa se solidariza com as vítimas e seus familiares e informa que está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”, diz a nota.

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