Presidente do CNPq pede R$ 1 bilhão para repatriar cientistas brasileiros no exterior

O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, em palestra na USP. Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

O CNPq, organização de apoio à pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, apresentou recentemente o “Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil”, visando atrair de volta ao país cerca de mil cientistas brasileiros atualmente trabalhando no exterior.

Este projeto, dotado de um orçamento de R$ 1 bilhão para um período de cinco anos, oferecerá bolsas de pós-graduação variando entre R$ 10 mil e R$ 13 mil.

Em declarações ao Estadão, Ricardo Galvão, presidente do CNPq, defendeu a iniciativa como parte de uma ampla estratégia do governo federal para reestruturar o setor de ciência e tecnologia.

Para se candidatarem às bolsas, os cientistas estabelecidos no exterior devem submeter seus projetos de pesquisa às universidades ou institutos federais, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo CNPq. Caso sejam aprovados, a concessão da bolsa é realizada pela agência de fomento à ciência do governo.

Sede do CNPq. Foto: Divulgação/ Governo Federal

“O programa de repatriação de talentos não é algo novo, ele acontece em vários países do mundo. Alemanha, Argentina, Coréia, Japão, China e Índia têm programas parecidos com esse. As bolsas não são para arrumar salário para quem está desempregado, mas, para a melhoria e aprimoramento do sistema científico nacional usando as capacidades dos pesquisadores brasileiros que atuam no exterior.”, conta.

“Então há uma certa urgência de oferecer oportunidades para esses brasileiros, eles têm uma ansiedade grande de voltar ao País. Estamos oferecendo as bolsas para atrair pesquisadores de destaque e daremos prioridade na análise de projetos para universidades e instituições de pesquisa do Norte e do Nordeste para reduzir a desigualdade.”, complementa.

Além das bolsas de estudo com duração de cinco anos, os pesquisadores interessados em retornar ao Brasil receberão assistência para a aquisição de equipamentos, cobertura de despesas médicas e auxílio para aposentadoria, vantagens que os cientistas que trabalham no país não têm acesso.

De acordo com Galvão, o programa também visa estabelecer colaborações internacionais entre cientistas que atuam no Brasil e equipes de instituições estrangeiras, com um investimento total de R$ 200 milhões destinados a subsídios e compra de equipamentos.

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