Por que shoppings e comércio de rua venderam acima do esperado neste Natal

A véspera de Natal foi marcada por grande movimentação em shoppings e ruas de comércio popular na última terça-feira (24). Em Copacabana, lojas de moda e artigos natalinos concentraram o fluxo pela manhã, enquanto no Rio Sul Shopping, na Zona Sul do Rio, produtos como panetones e roupas foram os mais procurados logo após a abertura às 9h.

O pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário impulsionou o otimismo do setor de shoppings, afirmou Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), conforme informações do Globo.

Fatores como desemprego em baixa e a taxação de plataformas internacionais desde agosto devem contribuir para que o setor encerre 2024 com faturamento próximo de R$ 200 bilhões, um crescimento real de 6% em relação ao ano passado, segundo a Alshop.

Na noite do dia 23, shoppings como Iguatemi e Ibirapuera, em São Paulo, registraram lotação, indicando um consumo aquecido às vésperas do Natal. “As empresas fazem amigo secreto, gerando compras de última hora. Quando não fazem, colaboradores se reúnem em restaurantes, e muitos aproveitam para comprar lembranças no final”, explicou Sahyoun.

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) prevê faturamento superior a R$ 6 bilhões neste Natal, 7% a mais que no ano anterior.

Glauco Humai, presidente da Abrasce, atribui o crescimento ao aumento da renda disponível, promoções no varejo e ao calendário favorável, com o Natal em uma terça-feira que deu mais tempo aos consumidores. “Embora o dólar alto influencie custos, muitos já adaptaram hábitos, consumindo mais produtos nacionais”, destacou Humai.

Já no Centro do Rio, consumidores relataram preços acima do esperado. Segundo o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o gasto médio com presentes foi estimado em R$ 300,29, movimentando cerca de R$ 675,28 milhões.