Após protestos antissemitas, Universidade de Columbia terá aulas online

A Universidade de Columbia, em Nova York, decidiu adotar as aulas online nesta segunda-feira (22), em meio a vários protestos que aconteceram no campus nos últimos dias contra a guerra em Gaza, mas que atraíram grupos com pautas antissemitas.

Em comunicado, Minouche Shafik, presidente de Columbia pediu que apenas o pessoal essencial se apresente o trabalho hoje e que os alunos que não são moradores do campus não compareçam às aulas.

Os protestos agitam o campus de Columbia desde a semana passada e vieram à tona quando agentes do Departamento de Polícia de Nova York invadiram o local quinta-feira e prenderam mais de 100 manifestantes estudantis pró-palestinos, enquanto milhares de outros gritavam para que parassem.

A tensão também está aumentando na Universidade de Yale, em Connecticut. Nesta manhã, dezenas de manifestantes pró-palestinos foram presos. Segundo a direção da escola, 47 estudantes que protestavam contra os investimentos da escola em fabricantes de armas militares foram presos na Beinecke Plaza e serão encaminhados para medidas disciplinares, potencialmente incluindo suspensão.

A escola disse que fez esforços repetidos no fim de semana para conversar com os manifestantes, ofereceu-lhes reuniões com os administradores e alertou sobre prisões antes da ação desta segunda-feira.

“A universidade tomou a decisão de prender os indivíduos que não deixariam a praça com a segurança de toda a comunidade de Yale em mente e permitir o acesso às instalações da universidade por todos os membros de nossa comunidade”, disse a liderança de Yale.

Alerta de Joe Biden

O próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou no domingo para uma “onda alarmante de antissemitismo” em um comunicado ligado à aproximação do feriado judaico da Páscoa, mas com clara referência aos protestos estudantis em Columbia.

“Silêncio é cumplicidade”, disse a declaração de Biden. “Mesmo nos últimos dias, vimos assédio e apelos à violência contra judeus. Esse antissemitismo flagrante é repreensível e perigoso – e não tem absolutamente nenhum lugar nos campi universitários, ou em qualquer lugar do nosso país.”

Em Columbia, a presidente da universidade disse no comunicado estar “profundamente triste” com o que está acontecendo no campus e que estudantes de várias comunidades têm transmitido temores por sua segurança. Por isso, estão sendo adotadas ações adicionais para lidar com essas preocupações.

“O decibel das nossas divergências só aumentou nos últimos dias. Essas tensões foram exploradas e amplificadas por indivíduos que não são afiliados à Columbia que vieram ao campus para perseguir suas próprias agendas. Precisamos de um reset”, defendeu.

Ele confirmou que, nos últimos dias, houve muitos exemplos de comportamento intimidatório e assediador no campus. “A linguagem antissemita, como qualquer outra linguagem usada para ferir e amedrontar as pessoas, é inaceitável e medidas apropriadas serão tomadas. Pedimos às pessoas afetadas que denunciem esses incidentes por meio dos canais da universidade”, afirmou.

O site Politico informa que seis universidades em todo o país enfrentam uma investigação de antissemitismo do comitê de educação da Câmara dos Representantes, liderada pelos republicanos.

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