Fatboy Slim – A trajetória do baixista que se tornou um ícone da música eletrônica

Nascido Quentin Leo Cook, na cidade de Kent, Inglaterra, o jovem Norman Cook, como ficou conhecido no mundo artístico, já se arriscava nos toca-discos de pequenos clubes locais antes de ingressar como baixista na banda The Housemartins.

Após o fim do grupo, Cook embarcou na onda crescente do movimento Acid House e juntamente com Tim Jeffery e JC Reid criou o Pizzaman, projeto responsável por colocar 3 singles no Top 40 britânico.

Apesar do relativo sucesso alcançado, deixou o trio para seguir em busca de uma sonoridade própria, devidamente desenvolvida ao participar, no início da década de 90, de grupos como Beats International, Freak Power e Mighty Dub Kats.

Em 1995, adotou o nome Fatboy Slim, e apostou em um estilo em ascensão, o Big Beat. Integrando elementos do House, Techno, Acid e Rock, o então novo gênero, fica evidente em “Going Out Of My Head”, terceiro single do álbum de estreia, “Better Living Through Chemistry”.

A faixa que continha samples de The Who e Led Zeppelin em sua construção foi muito bem aceita nos EUA, sendo o primeiro single do britânico a ingressar na parada da revista Billboard americana.

Com o remix para “Brimful Of Asha”, da banda Cornershop, figurando durante semanas no topo das paradas no Reino Unido, consolidou ainda mais sua crescente popularidade, e abriu caminho para aquele que seria um verdadeiro divisor de águas em sua carreira, o álbum “You’ve Come A Long Way, Baby”.

Lançado em 1998, o primeiro single deste novo trabalho foi uma verdadeira revolução dentro do contexto da música eletrônica da época. “The Rockafeller Skank” fez com que o som do Fatboy Slim ganhasse a tão buscada personalidade sonora, ultrapassando todas as barreiras musicais e geográficas, até alcançar o sucesso global. 

Contendo verdadeiros hinos atemporais como, “Praise You”, “Right Here Right Now” e “Fucking in Heaven”, este segundo disco conquistou definitivamente o seu lugar de destaque na história da música eletrônica, influenciando gerações e ditando tendências que seriam seguidas dali por diante.

Com a criação das famosas festas Big Beach Boutique, Cook elevou a música eletrônica a um patamar jamais visto anteriormente, contabilizando recordes de público por onde passava e colecionando apresentações históricas, como a participação na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.

Certa vez, em um evento projetado para suportar cerca de 60 mil pessoas, reuniu mais de 250 mil na cidade de Brighton, número este, superado pelas 400 mil presentes na Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, em uma de suas inúmeras passagens pelo Brasil.

Em 2000, o terceiro álbum de estúdio, “Halfway Between the Gutter and the Stars”, apresentava entre outras faixas, duas colaborações com a cantora norte-americana, Macy Gray, além da icônica, “Weapon of Choice”, que com seu videoclipe inovador, assinado pelo diretor Spike Jonze e estrelado por Christopher Walken, conquistou 6 prêmios no MTV Video Music Awards e 1 Grammy na edição de 2002.

Após um hiato de 4 anos, “Palookaville”, seu quarto álbum, é lançado, trazendo os hits “Slash Dot Dash” e “Wonderful Night”, atingindo a primeira posição da parada Top Dance/Electronic Albums da Billboard, e uma indicação ao Grammy na categoria Melhor Álbum Dance/Eletrônico.

Paralelamente, Cook colaborou em duas faixas do disco “Think Tank” da banda inglesa Blur, lançou a coletânea de sucessos, “Why Try Harder”, e em 2008, criou o projeto Brighton Port Authority, ao lado de David Byrne, Iggy Pop e Dizzee Rascal, resultando no álbum “I Think We’re Gonna Need a Bigger Boat”.

Cinco anos depois, em parceria com o DJ italiano, Riva Starr e com o produtor inglês, Beardyman, o single “Eat Sleep Rave Repeat” é lançado e lidera a parada Dance inglesa de 2013, apoiada pelo remix do DJ escocês, Calvin Harris.

A energia, o carisma, a alegria e personalidade únicas fazem de Norman Cook um dos nomes mais emblemáticos de sua geração para a história da música eletrônica.

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