WSJ traz as principais previsões de tecnologia para 2025

As inovações tecnológicas de 2025 trarão mudanças significativas, desde o aprimoramento de previsões meteorológicas, desenvolvimento dos carros autônomos e até uma segunda onda de criptomoedas. 

Todo ano, o The Wall Street Journal, períódico dos Estados Unidos, combina tendências de tecnologia e o que já está sendo feito atualmente para prever o que pode vir no ano seguinte.

Isso inclui também problemas fiscais e regulatórios, dispositivos inovadores e até aplicativos. Confira, a seguir, algumas das previsões.

Agente de IA

Muitas empresas de tecnologia, grandes ou pequenas, estão prometendo mais “agentes” de inteligência artificial no ano que vem. Até então, o maior foco da IA generativa tem sido na criação de textos, imagens e vídeos. A previsão do The Wall Street Journal é que a partir dos próximos anos, a evolução da IA será de sistemas que vão tomar ações.

No caso, os agentes podem entender contextos, aprender preferências do usuário e interagir com o usuário e demais softwares para realizar tarefas. Por exemplo, reservar viagens, pedir comida, comprar aqueles novos tênis.

Gadgets movidos a IA

Dispositivos com IA são o foco para 2025. Com a Apple e a Samsung desenvolvendo seus sistemas, chega a hora de sair do mundo dos smartphones e wearables e vai para novos ambientes. 

Relatórios da Bloomberg indicam que a Apple vai lançar uma tela inteligente para o lar, algo similar a um iPad, para sua cozinha ou sala de estar. A sacada será a utilização da Siri e Apple Intelligence nesses dispositivos. 

A Amazon também espera atualizar a Alexa com IA generativa. Mas indo além da casa, Mark Zuckerberg, CEO da Meta Platforms, afirmou que 2025 será um grande ano para os óculos Meta. A informação vem como resposta a um relatório sobre o lançamento dos óculos inteligentes Ray-Ban com um pequeno display.

TikTok contra o relógio

Uma previsão do WSJ é sobre um dos aplicativos mais famosos do mundo, o TikTok. Não é de agora que a companhia está enfrentando problemas na justiça dos Estados Unidos por não se desvincular da propriedade chinesa. Há algumas possibilidades de como isso pode (ou não) acontecer.

A proibição do TikTok nos EUA pode ser decidida em diferentes frentes. A Suprema Corte vai avaliar, no dia 10 de janeiro, se a lei que bloqueia a plataforma viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA (que fala sobre liberdade de expressão). 

Caso a decisão judicial não impeça a medida, que entra em vigor antes da posse presidencial, a administração Trump poderá intervir. Embora não possa revogar a lei, o Trump pode suspender a proibição caso conclua que o aplicativo não está mais sob controle chinês.

Outra alternativa é a venda do TikTok pela ByteDance, empresa-mãe chinesa. Apesar de a companhia afirmar que não pretende realizar a venda, mudanças podem ocorrer. Nesse cenário, o bilionário Frank McCourt já sinalizou interesse, com mais de US$ 20 bilhões em capital para viabilizar a compra, chamada por ele de “Oferta do Povo”.

Previsões meteorológicas mais precisas

Previsões meteorológicas muitas vezes falham, especialmente quando se trata de eventos climáticos extremos. O GenCast, novo modelo de IA da DeepMind, promete mudar isso ao fornecer previsões precisas com até 15 dias de antecedência.

Segundo o Google, o modelo, disponível ao público em 2025, foi 97,2% mais eficaz que um modelo europeu amplamente usado e gera previsões em apenas oito minutos, muito mais rápido que os métodos tradicionais.

Outras iniciativas também estão avançando na meteorologia. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), agência dos EUA responsável pelo monitoramento climático, aprimorou suas previsões para a temporada de furacões de 2024 graças a novos modelos e melhor captação de dados. 

Energia limpa para data centers

O crescimento da inteligência artificial e da computação em nuvem está impulsionando a expansão de data centers nos EUA. Com eles, cresce a demanda de energia, o que pode elevar tarifas, gerar poluição e causar desconforto à população próxima deles. 

Para mitigar esses impactos, empresas como Amazon, Google e Microsoft estão investindo em fontes de energia mais limpas, incluindo energia nuclear. A Microsoft assinou contrato para obter energia do reator de Three Mile Island, enquanto a Amazon firmou um acordo com uma usina na Pensilvânia no início de 2024.

A expectativa da WSJ é que mais soluções apareçam ao longo do caminho, especialmente quando se considera que já há outras em andamento, como grandes baterias para armazenar energia solar e eólica.

O boom das criptomoedas 2.0

No início de dezembro, o Bitcoin chegou a ultrapassar a marca de US$ 100.000. Como sempre, há vários motivos para acreditar que a moeda vai crescer ainda mais – ou cair igualmente. 

Porém, com o lançamento de ETFs de bitcoin, o investimento se tornou mais acessível. Com Wall Street e grandes bancos lucrando com essa novidade, grandes fundos e seus gestores estão querendo participar da brincadeira, como o CEO da BlackRock, Larry Fink

A previsão é que aconteça um impulsionamento do mercado por conta da nova administração do governo, assim como possíveis novos ETFs para tokens menores, além de mudanças na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).

As vendas de veículos elétricos podem cair

Falando em novo governo, uma das previsões do WSJ é que a administração de Trump chegue com uma pancada nas vendas de veículos elétricos (EVs) nos EUA.

Em primeiro lugar, os subsídios federais para os veículos desse tipo foram cancelados. Segundo que possíveis altas tarifas sobre produtos da China e outros países que produzem materiais de baterias também podem impactar o mercado. 

Startups envolvidas nas cadeias de suprimentos domésticas para baterias acreditam que tarifas podem proteger e expandir a produção nos EUA. Por outro lado, será que a administração Trump permitirá exceções para montadoras que importam materiais?

Fabricantes de veículos elétricos vão reduzir preços para compensar a perda de créditos fiscais, favorecendo empresas consolidadas em detrimento de startups? No momento, na visão do WSJ, há mais perguntas que respostas.

Táxi, dirija sozinho

A WSJ diz acreditar que os carros autônomos finalmente estão se aproximando da realidade. A partir de 2025, será possível chamar um carro autônomo da Waymo (empresa que faz parte da Alphabet) pelo Uber em cidades como Atlanta e Austin.

Atualmente, o Waymo já realiza 150 mil viagens semanais em São Francisco, Phoenix, Los Angeles e Austin.

Outras empresas também avançam. A Zoox, da Amazon, lançará serviços em Las Vegas e São Francisco, enquanto a Tesla planeja uma versão totalmente autônoma do software “Full Self-Driving” para modelos 3 e Y no Texas e na Califórnia em 2025.

Já o Cybercab, veículo futurístico sem volante ou pedais, é aguardado para 2026 ou 2027, mas com possíveis atrasos, segundo o próprio Elon Musk.

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