Saiba por que as galinhas-d’angola são usadas para combater escorpiões

Entenda porque ave é usada no controle de pragas • TJSP / RHJ/Getty Images

Uma decisão judicial recente da 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o uso de galinhas-d’angola para controle de escorpiões em áreas residenciais de Presidente Prudente (SP). Apesar disso, estudos acadêmicos têm despertado o interesse sobre o papel dessas aves no combate aos aracnídeos, apontando a ave como um possível predador natural.

Pesquisas realizadas por mestrandos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP) entre 2009 e 2011 analisaram a relação entre as galinhas-d’angola e os escorpiões. Esses estudos indicam que os escorpiões fazem parte da alimentação natural dessas aves, sugerindo que sua presença pode ajudar na prevenção de acidentes causados pelos invertebrados.

Um trabalho desenvolvido no Instituto de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), intitulado “Atividade Predatória de Galinha D’angola”, mostrou que essas aves têm potencial para controlar não apenas escorpiões, mas também outras pragas, como moscas domésticas. Essa característica reforça o valor das galinhas-d’angola como aliadas no manejo sustentável de pragas.

As galinhas-d’angola possuem hábitos forrageadores, ou seja, passam grande parte do tempo procurando alimento no solo. Com uma visão aguçada, elas conseguem identificar presas, como escorpiões, mesmo em meio à vegetação densa. Essa capacidade é explicada pela diferença nos hábitos: enquanto as galinhas são diurnas, os escorpiões são noturnos e costumam se abrigar em locais que podem ser explorados pelas aves durante o dia.

Além disso, a habilidade de caçar insetos, vermes e pequenos animais torna as galinhas-d’angola uma ferramenta natural para o controle de pragas, reduzindo a necessidade de pesticidas. Essa característica faz com que elas sejam amplamente valorizadas por fazendeiros e criadores, que veem nelas um meio eficaz de manter o equilíbrio no ecossistema.

Apesar do potencial demonstrado em estudos, o uso dessas aves para controle de escorpiões em áreas residenciais ainda enfrenta desafios legais e sanitários, como demonstrado na decisão judicial em Presidente Prudente. O tema segue sendo debatido por especialistas, que buscam equilibrar as necessidades de controle de pragas com os aspectos de saúde pública e bem-estar animal.

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