Caso delator do PCC: policial é preso com mais de R$ 800 mil em dinheiro vivo

empresário Vinícius Gritzbach falando com expressão séria, sem olhar para a câmera, em close
O empresário Vinícius Gritzbach, morto em novembro de 2024 – Reprodução

O investigador Marcelo Marques de Souza, 54 anos, conhecido como Bombom, foi denunciado por corrupção e associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo empresário Vinícius Gritzbach. Com informações do UOL.

Durante uma operação da Polícia Federal (PF), foram encontrados mais de R$ 800 mil em espécie escondidos no apartamento de luxo de Bombom, localizado no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. O imóvel, avaliado em R$ 3 milhões, abrigava o dinheiro em um cofre e sob um colchão.

A descoberta foi feita no dia 17, durante a Operação Tacitus, que cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão temporária. Além dos R$ 621 mil em espécie, foram encontrados no apartamento US$ 14.500 (cerca de R$ 90 mil) e 15.700 euros (cerca de R$ 100 mil), totalizando mais de R$ 800 mil. Apesar de receber um salário de R$ 12.189, Bombom movimentou R$ 34 milhões em um período de cinco anos.

Inicialmente detido de forma temporária, Bombom teve a prisão convertida para preventiva devido à incompatibilidade entre sua renda e os valores encontrados. Segundo a Polícia Federal, também foram apreendidos no imóvel:

  • Uma pistola calibre .40;
  • Um revólver calibre 32 e munições;
  • Uma porção de maconha;
  • Planilhas com nomes, apelidos e valores;
  • Lista de despesas de condomínios de alto padrão.

A PF destacou que a quantidade de dinheiro encontrada e as evidências reforçam a gravidade das acusações de lavagem de dinheiro.

Vinícius Gritzbach de camisa social branca, com a mão no peito, falando, sério, em entrevista, perto de carro da polícia
Vinícius Gritzbach em entrevista – Reprodução/Record

Além de Bombom, outros policiais civis foram presos, incluindo o delegado Fábio Baena Martin, 49, e os investigadores Marcelo Roberto Ruggieri, 53, Eduardo Monteiro, 47, e Rogério Almeida Felício, 46, conhecido como Rogerinho. Todos foram denunciados por Gritzbach por envolvimento em esquemas de corrupção. Eles estão detidos no Presídio Especial da Polícia Civil, no bairro do Carandiru.

Na mesma operação, foram presos:

  • Ahmed Hassan Saleh, 51, advogado conhecido como Mudi;
  • Robinson Granger Moura, 54, empresário chamado Molly;
  • Ademir Pereira de Carvalho, 50.

Os três foram denunciados por ligação com o PCC e permanecem detidos no CDP 1 do Belém, na zona leste de São Paulo.

Vinícius Gritzbach foi assassinado com tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 8 de novembro, oito dias após delatar os policiais. A Polícia Militar também é investigada por possíveis ligações de membros da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) com o PCC. A Corregedoria da PM abriu um inquérito para apurar denúncias de repasse de informações sigilosas para integrantes da facção.

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