Ex-segurança de Gusttavo Lima preso pela PF tem imóvel de R$ 5 milhões com vista para o mar

Policial civil Rogério de Almeida Felício e o cantor Gusttavo Lima: ele é ex-segurança do sertanejo. Foto: reprodução

Rogério de Almeida Felício, agente de telecomunicações da Polícia Civil de São Paulo, levava uma vida de luxo apesar de seu salário líquido de R$ 7.490,98. Ele morava em um apartamento avaliado em R$ 5 milhões com vista para o mar, localizado na cidade de Praia Grande (SP), conforme informações do colunista Josmar Jozino, do UOL.

Felício, ex-segurança de Gusttavo Lima, é um dos cinco policiais civis delatados por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, acusado de corrupção e alvo da Operação Tacitus, realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em dezembro do ano passado.

Gritzbach, que delatou os policiais à Corregedoria, foi assassinado com 10 tiros de fuzil no aeroporto de Guarulhos em novembro de 2022, oito dias após sua denúncia.

Durante a operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Felício, conhecido como Rogerinho, incluindo o apartamento na rua Brigadeiro Faria Lima, no bairro Canto do Forte, em Praia Grande.

Apartamento de Rogério de Almeida Felício, em Praia Grande (SP), com vista para o mar. Foto: Reprodução

O imóvel chamou atenção pela ostentação. Conforme registrado no relatório da PF: “Não só o apartamento demonstrava sinais de riqueza, mas também o mobiliário, itens pessoais de luxo e vestuários com relevante valor de mercado em grande closet na suíte principal”. O documento também destacou a ampla adega climatizada na sala, recheada de vinhos e bebidas de alto valor.

Para a PF, o apartamento de alto padrão, avaliado em R$ 5 milhões, não condiz com a capacidade financeira de Rogerinho, reforçando as suspeitas de recebimento de vantagens ilícitas.

Adega do apartamento de Rogério de Almeida Felício, policial preso no caso Gritzbach. Foto: Reprodução

Segundo a Corregedoria, Gritzbach afirmou que Felício teria ficado com sete dos 15 relógios Rolex apreendidos pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) quando Gritzbach foi preso por encomendar o assassinato de dois narcotraficantes ligados ao PCC.

As vítimas, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, foram mortos em dezembro de 2021 no bairro do Tatuapé, em São Paulo. Gritzbach teria desviado R$ 200 milhões pertencentes a Cara Preta, motivando os homicídios.

Ele também revelou que Rogerinho chegou a postar fotos em redes sociais usando relógios de luxo, incluindo um Rolex Yacht Master de ouro avaliado em R$ 200 mil, um Rolex de cor Pepsi de R$ 150 mil e outros dois da marca Hublot.

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