VÍDEO: Coronel preso pelo 8/1 armava blitzes para perseguir mulher de amigo em Brasília

O coronel Jorge Eduardo Naime. Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto, está sob investigação por stalking, monitoramento ilegal, caracterizando o crime de stalking, e porte ilegal de armas. A Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor/Decor) apura suspeitas de que Naime teria utilizado sua influência na segurança pública para perseguir uma empresária da capital federal, a mando do ex-marido dela, em meio a uma separação litigiosa.

Documentos obtidos pela Polícia Civil apontam que ele coordenou ações estratégicas de vigilância e abordagens policiais com o objetivo de intimidar a empresária e seus associados. Um episódio emblemático ocorreu em 30 de outubro de 2024, no Lago Sul, quando o motorista da empresária foi abordado por uma viatura da PMDF enquanto transportava a filha dela, de 5 anos, e a babá.

Imagens de câmeras de segurança mostram Naime e outro homem posicionados estrategicamente antes da abordagem. Assim que o veículo passou pela viatura, os policiais o interceptaram.

Segundo o motorista, os agentes estavam armados, focaram exclusivamente na verificação de seus documentos pessoais e chegaram a confiscar seu celular temporariamente. Durante a abordagem, uma criança presenciou toda a ação.

A análise das imagens revelou que o coronel, identificado como o homem de cabelos grisalhos, estava presente no local e coordenou a ação. Ele foi flagrado dialogando com os policiais dentro da viatura antes de deixar o local.

Naime já foi investigado por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, que resultaram em sua prisão preventiva. Ele foi acusado de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e danos ao patrimônio público. Ele teria retardado a ação da PMDF, dando tempo para os bolsonaristas invadirem e depredarem os prédios públicos.

Sua suposta colaboração nos atos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, foi um dos casos mais emblemáticos daquele período.

Embora tenha sido liberado provisoriamente em maio de 2024, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Naime permaneceu sob medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno.

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