Vereador foragido da Justiça e amigo de Eduardo Bolsonaro toma posse em Goiás

Eduardo Bolsonaro e Osvaldo Cabal. Foto: Divulgação

Osvaldo José Seabra Júnior, conhecido como Osvaldo Cabal (PL), tomou posse como vereador na cidade de Ceres, no centro de Goiás, mesmo sendo foragido da Justiça. Aos 39 anos, o empresário e político é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido em 26 de novembro de 2024, conforme o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões.

Osvaldo é investigado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) na Operação Ephedra, uma ação conjunta do Ministério Público de Goiás e da Polícia Rodoviária Federal que apura tráfico de rebite e outras drogas. Apesar disso, ele assumiu o cargo de vereador no último dia 1º de janeiro de 2025, em cerimônia individual na Câmara Municipal de Ceres.

O Ministério Público Eleitoral já solicitou a investigação da posse de Osvaldo Cabal, que ocorreu de maneira separada dos demais vereadores. Segundo a Câmara Municipal, a cerimônia oficial, que empossou os eleitos para o mandato 2025-2028, foi realizada às 10h do dia 1º de janeiro, no Centro Cultural de Ceres.

Embora ausente na cerimônia geral, Osvaldo compareceu à sede da Câmara Municipal às 15h58 do mesmo dia. Por estar diplomado pela Justiça Eleitoral, a posse foi concedida, conforme explicou a instituição ao g1.

Osvaldo Cabal. Foto: Divulgação

A Câmara afirmou que só foi oficialmente informada sobre o caso após a posse, em comunicação feita pelo Ministério Público Eleitoral. Antes disso, declarou não ter recebido notificações da Justiça ou da polícia sobre eventuais impedimentos legais para a posse do vereador.

Nascido em 25 de dezembro, Osvaldo José Seabra Júnior é natural de Ceres. Ele foi eleito com 427 votos no primeiro turno das eleições de 2024, realizadas em 3 de outubro. Com ensino médio completo, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio avaliado em R$ 323.132,30, incluindo terrenos nas cidades de Ceres e Rialma.

A Operação Ephedra investiga a distribuição ilegal de substâncias como rebite, amplamente utilizado por motoristas para prolongar o tempo ao volante. A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público apontam Osvaldo como um dos envolvidos na rede de tráfico de drogas. O caso é tratado como prioridade pelas autoridades, dado o impacto no trânsito rodoviário da região.

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