Lula comenta sobre a ascensão social no Brasil: ‘É o país que estamos construindo’

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falando em microfone e sorrindo, olhando para o lado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Divulgação

“Esse é o país que estamos construindo juntos, onde as famílias têm mais emprego e renda, mais oportunidades e crescimento econômico.” Assim comemorou o presidente Lula, em um tuíte neste domingo, ao destacar a melhoria na condição social dos brasileiros. Segundo levantamento da Tendências Consultoria, divulgado pelo jornal O Globo, mais de 50% dos lares brasileiros passaram a integrar a classe média em 2024, o melhor resultado desde 2015.

O estudo revelou que 50,1% dos domicílios estão nas classes C, B ou A, com rendas superiores a R$ 3,4 mil por mês. Esse avanço é atribuído à melhora significativa do mercado de trabalho no pós-pandemia e à valorização real do salário mínimo nos últimos dois anos. “Houve uma importante migração das famílias das classes D e E para a classe C, devido ao aumento da massa salarial e à criação de empregos formais,” explicou Camila Saito, economista da Tendências.

O ano de 2024 marcou uma redução histórica na taxa de desemprego, que chegou a 6,1% no trimestre final, a menor já registrada. Com o aumento de 9,5% nos rendimentos da classe C e 8,7% na classe B, o impacto foi visível em diferentes segmentos da sociedade. Para Bruna Taboada, dentista de 23 anos, o crescimento de sua renda e da de sua família representa a consolidação em um novo patamar social. “Hoje, eles saem mais para restaurantes e viajam, luxos que não tinham antes”, contou.

Especialistas apontam, no entanto, que desafios permanecem, especialmente em relação à desigualdade. Apesar de avanços em 2024, a mobilidade social tende a desacelerar nos próximos anos. “A entrada no mercado de trabalho reduz a pobreza, mas não supera a desigualdade estrutural, que reflete na informalidade e nas baixas remunerações,” afirmou a economista Camila Saito.

Para Marcelo Neri, da FGV Social, a queda da desigualdade em 2024 foi um marco importante. Ele destacou que o crescimento da renda entre os 50% mais pobres foi de 10,2%, acima da média nacional de 6,98%. “O desemprego em queda respondeu por 40% do aumento da renda das famílias,” observou. Apesar disso, Neri e outros economistas alertam que a baixa produtividade e a fragilidade educacional ainda limitam a sustentabilidade desse avanço.

O presidente Lula reforçou seu otimismo com o cenário atual e os esforços do governo. “Esses resultados mostram que estamos no caminho certo, priorizando a geração de empregos e o crescimento econômico para todos.” No entanto, especialistas recomendam cautela para manter a trajetória de progresso social e econômica nos próximos anos.

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