Moraes deve condenar cúpula golpista a penas de cerca de 20 anos, dizem advogados

O ministro Alexandre de Moraes, do STF; advogados dos investigados na trama golpista esperam que o magistrado aplique penas médias de 20 anos – Foto: Reprodução

Advogados dos investigados na trama golpista esperam que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aplique penas médias de 20 anos de prisão aos principais envolvidos. A previsão ocorre enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) finaliza a denúncia, prevista para ser apresentada até fevereiro.

A defesa dos indiciados considera inevitável tanto a denúncia quanto a condenação na Primeira Turma do STF. Apesar de buscarem comprovar a inocência de seus clientes, reservadamente os advogados reconhecem a gravidade das acusações e se preparam para as penas. “Não menos que 20 anos”, afirmou um deles, segundo informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

A condenação de Aécio Lúcio Costa Pereira, ex-técnico da Sabesp, é citada como parâmetro. Em setembro de 2023, ele foi condenado a 17 anos de prisão por participar dos atos de 8 de Janeiro. Na ocasião, ele foi flagrado no Congresso Nacional vestindo uma camiseta com a frase “intervenção militar já” e postou um vídeo em que declarava: “Vai dar certo, não vamos desanimar”.

Investigadores destacam que os líderes da trama golpista podem receber penas ainda mais severas. “Se quem invadiu os prédios públicos recebeu penas altas, quem teve protagonismo deve pegar penas superiores”, analisou outro advogado, indicando que os principais indiciados enfrentarão acusações mais graves.

Entre os acusados, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é apontado como líder da organização criminosa, que buscava mantê-lo no poder por meio de estratégias como ataques virtuais e ameaças à democracia. Além dele, os generais Braga Netto e Augusto Heleno também foram nomes importantes na elaboração e tentativa de execução da trama que visava derrubar o presidente Lula.

As acusações contra Bolsonaro incluem tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa, somando penas que podem chegar a 28 anos.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Alan Santos/PR

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