Assassino de secretário de Osasco já “puxou a arma” para inspetor, diz comandante da GCM

Henrique Marival de Sousa, GCM que matou secretário-adjunto de Osasco. Foto: reprodução

O guarda civil municipal Henrique Marival de Sousa, de 46 anos, foi preso na última segunda-feira (6) pelo assassinato do secretário-adjunto de Segurança Pública de Osasco, Adilson Custódio Moreira, 53, após uma reunião de trabalho. O crime ocorreu no prédio da prefeitura e teria sido motivado por uma mudança de função que Sousa não aceitou.

Segundo depoimento de Erivan Gomes, comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Henrique já havia se envolvido em outro incidente grave, quando sacou uma arma durante uma discussão com um inspetor. Apesar disso, o comandante afirmou não ter informações detalhadas sobre a conduta pessoal ou profissional do acusado.

No entanto, mesmo com o histórico violento, Erivan disse à GloboNews que o GCM teve um “desequilíbrio emocional”. “Num dado momento, conversando com ele, eu pedindo foto e vídeo, momento que ele disse: ‘Aqui só tem eu, o Moreira e o demônio’. Infelizmente, ele disse isso num alto tom de voz, numa situação de desequilíbrio emocional”, afirmou em entrevista.

Adilson Moreira foi morto a tiros após ser comunicado de que Sousa não integraria a equipe de segurança do prefeito no novo mandato. Durante as negociações para a rendição do guarda, ele teria confessado o crime. “Aqui dentro, só tem eu, o Moreira e o demônio”, disse Henrique, segundo relato do comandante Erivan Gomes à polícia.

Erivan Gomes, comandante da GCM de Osasco, em coletiva para a imprensa no velório do secretário-adjunto de segurança. Foto: Allison Sales/Folhapress

O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), da Polícia Militar, foi acionado e conseguiu negociar a rendição do guarda. Segundo nota divulgada pelo GATE, o advogado de Sousa confirmou que o acusado admitiu que a vítima já estava sem vida antes de se entregar às autoridades.

Adilson  não portava arma no momento do crime, conforme informado pela GCM. A arma pessoal do secretário-adjunto foi localizada em sua residência.

Henrique Marival foi detido em flagrante e teve a prisão convertida para preventiva durante audiência de custódia nesta terça-feira (7). Ele permaneceu em silêncio durante o interrogatório realizado no 5º Distrito Policial de Osasco, que conduz as investigações.

O crime chocou a cidade e levou o prefeito de Osasco a decretar luto oficial de três dias. “Adilson era um servidor exemplar e dedicado à segurança pública. Sua perda é irreparável”, declarou Gerson Pessoa (Podemos) em nota oficial.

A GCM está apurando por que o episódio anterior envolvendo Sousa, quando ele teria sacado uma arma contra um colega, não resultou em uma punição clara. Não há informações sobre possíveis medidas disciplinares tomadas à época.

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