Políticos de esquerda reagem ao anúncio de Zuckerberg: “Desculpa esfarrapada”

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em anúncio de que redes sociais da empresa não terão mais checagem de publicações. Foto: Reprodução

O anúncio de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, de que as publicações no Facebook e no Instagram deixarão de ser checadas gerou críticas de políticos brasileiros, principalmente da esquerda. O dono das redes sociais alegou que a decisão tem como objetivo retomar a “liberdade de expressão”.

No anúncio da decisão, Zuckerberg ainda atacou o Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar a Corte, o empresário afirmou que existem “cortes secretas na América Latina” que determinam a remoção de conteúdos nas plataformas.

O deputado federal André Janones (Avante-MG) afirmou que a medida não está ligada à preservação da liberdade de expressão, mas visa ampliar o capital da empresa. “Elon Musk e Mark Zuckerberg não se importam com essa tal ‘liberdade de expressão irrestrita’ eles só querem mais poder e mais dinheiro, apenas isso”, aponta.

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que a mudança nas plataformas torna mais urgente a regulação das redes. “As mudanças que a Meta introduziu criam um ambiente de maior confusão na relação das redes sociais com a sociedade brasileira. É fundamental avançar na aprovação da regulação das redes pelo parlamento brasileiro”, afirma.

Donald Trump, presidente eleito dos EUA, e Mark Zuckerberg. Foto: Reprodução

O advogado-geral da União, Jorge Messias, tem uma avaliação similar. Ele afirma que o fim da checagem pode piorar a disseminação de fake news e discursos de ódio e destaca a urgência da “necessidade de criar um novo marco jurídico para a regulação das redes”.

O vice-líder da Federação Brasil da Esperança, Márcio Jerry (PCdoB-MA), chama a decisão de Zuckerberg de “desculpa esfarrapada”. “Sob a desculpa esfarrapada de proteger a liberdade de expressão abre-se para a liberdade de manipulação, de fake news e outros crimes cibernéticos”, aponta.

Manuela D’Ávila aponta que a decisão da plataforma faz parte de um movimento de alinhamento à extrema-direita. “O que Zuckerberg diz, com todas as letras, é que a liberdade defendida pela extrema direita, as ideias de Trump e Musk, serão as suas e de sua empresa. Ideias que ameaçam instituições e democracias. Ideias de violência e tortura”, afirma.

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