Hamas mantém exigência pelo fim da guerra em Gaza em acordo de reféns

O Hamas manteve nesta terça-feira a sua exigência de que Israel encerre totalmente seu ataque contra Gaza em qualquer acordo para libertar os reféns e disse que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, foi precipitado ao dizer que haveria “um inferno” a menos que eles fossem libertados até sua posse em 20 de janeiro.

Autoridades do grupo islâmico e de Israel têm mantido negociações com mediadores egípcios e do Catar, na tentativa mais intensa dos últimos meses para chegar a um cessar-fogo em Gaza.

O atual governo dos EUA pediu um último impulso por um acordo antes do fim do mandato de Joe Biden, e muitos na região agora veem a posse de Trump como um prazo não oficial.

Mas, com o tempo passando, ambos os lados acusam o outro de estarem bloqueando um acordo ao aderir às condições que torpedearam todos os esforços de paz anteriores por mais de um ano.

O Hamas diz que só libertará os reféns restantes se Israel concordar em encerrar a guerra e retirar todas as suas tropas de Gaza. Israel afirma que não encerrará a guerra até que o Hamas seja desmantelado e todos os reféns sejam libertados.

“O Hamas é o único obstáculo para a libertação dos reféns”, disse o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Eden Bar Tal, em uma reunião com repórteres, afirmando que Israel está totalmente comprometido em chegar a um acordo.

Osama Hamdan, autoridade do Hamas que realizou uma entrevista coletiva em Argel, disse que Israel é o culpado por minar todos os esforços para se chegar a um acordo.

Embora ele tenha dito que não daria detalhes sobre a última rodada de negociações, reiterou as condições do Hamas de “um fim completo da agressão e uma retirada total das terras que a ocupação invadiu”.

Comentando sobre a ameaça de Trump de que haveria um “inferno” a menos que todos os reféns fossem libertados antes da sua posse, Hamdan disse: “Acho que o presidente dos EUA deve fazer declarações mais disciplinadas e diplomáticas”.

Israel enviou uma equipe de autoridades de médio escalão ao Catar para negociações intermediadas por mediadores pelo Catar e pelo Egito. Segundo algumas reportagens da imprensa árabe, David Barnea, chefe do Mossad e que tem liderado as negociações, deve se juntar a eles. O gabinete do primeiro-ministro israelense não fez comentários.

Em um passo notável em direção a um acordo, uma autoridade do Hamas disse à Reuters no último domingo que o grupo havia aprovado uma lista apresentada por Israel de 34 reféns que poderiam ser libertados na fase inicial de uma trégua, junto com prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

A lista incluía mulheres soldados israelenses, além de idosos, mulheres e civis menores de idade. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que até o momento Israel não havia recebido nenhuma confirmação sobre se as pessoas da lista ainda estão vivas.

The post Hamas mantém exigência pelo fim da guerra em Gaza em acordo de reféns appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.