Brasileira sofre queda do 4º andar na Holanda e polícia investiga acidente; amigas levantam outras suspeitas

A pedagoga brasileira Taiany Caroline Martins Matos, 32 anos, morreu após cair do quarto andar de um prédio em Breda, na Holanda, na última sexta-feira (3). De acordo com informações do GLOBO, testemunhas relataram aos jornais locais ter ouvido gritos de “não faça isso” antes da queda, mas a polícia local concluiu que a morte foi acidental. A família e amigas questionam a versão oficial, levantando suspeitas sobre o namorado, um holandês de 53 anos, que era o único presente no apartamento.

Taiany passou o Réveillon em Paris com o namorado e, ao retornar, saiu com amigas na noite anterior à sua morte, mesmo contra a vontade dele, conforme o relato de sua irmã, Naiany Martins, ao GLOBO. Pela manhã, ao ser acompanhada até o apartamento, ligou para as amigas afirmando estar com medo, pois o namorado teria tentado tomar seu celular.

Segundo relatos, ele monitorava seus passos e controlava seus contatos, comportamento que aumentou após ela voltar de uma viagem ao Brasil em novembro.

Quem era Taiany?

Natural de Brasília, Taiany se mudou para a Bélgica há seis anos em busca de uma vida melhor, trabalhando em uma pizzaria e viajando pelo continente. Formada em pedagogia, ela era descrita pela irmã como uma mulher cheia de vida e apaixonada por viagens.

Há três meses, após conhecer o namorado, mudou-se para a Holanda, onde, segundo relatos de colegas da vítima à Nayane, a relação teria se tornado controladora. Amigas contaram que ela vivia um relacionamento abusivo, sendo proibida de trabalhar e sair sem supervisão.

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A versão do namorado e a investigação

O namorado teria contado à família que Taiany se pendurou na janela e caído ao perder o equilíbrio. A polícia concluiu a investigação no mesmo dia, apontando acidente, mas familiares contestam a rapidez e a ausência de depoimentos de testemunhas. Moradores próximos relataram ao jornal local BN DeStem ter ouvido gritos que indicavam uma possível agressão momentos antes da queda.

Além da perda, a família enfrenta dificuldades para trazer o corpo de Taiany ao Brasil. O traslado custa 7 mil euros, e o namorado se recusou a ajudar, segundo Naiany. Uma vaquinha foi organizada para arrecadar os recursos necessários, enquanto o Itamaraty ainda não deu retorno sobre apoio à família.

“A minha mãe abraçou a filha dela no dia 27 de dezembro com vida e quer ter a chance de se despedir dela de forma digna também”, contou a irmã da vítima.