Terceiro desembargador de SC declara suspeição para julgar recurso após jantar com Luciano Hang

Montagem de fotos do desembargador Saul Steil e clique de jantar com Hang
O desembargador Saul Steil esteve no jantar com Luciano Hang – Reprodução

O desembargador Saul Steil, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), declarou sua suspeição nesta terça-feira (7) para julgar um processo envolvendo o empresário Luciano Hang. Esta é a terceira vez que um magistrado da corte se recusa a julgar o caso desde dezembro de 2024, quando o DCM mostrou em primeira mão que o dono da rede de lojas Havan ofereceu um jantar para 10 desembargadores.

Steil e pelo menos outros dez magistrados da Justiça Estadual de Santa Catarina participaram de um jantar promovido por Hang no dia 16 de dezembro, em um imóvel histórico de sua propriedade localizado em Brusque (SC). A proximidade entre os juízes e o empresário gerou questionamentos sobre a imparcialidade no julgamento.

Na decisão, o desembargador Steil justificou sua suspeição alegando “motivo de foro íntimo” e determinou que o processo seja redistribuído a outro magistrado.

A relatora original do caso, desembargadora Haidée Denise Grin, também se afastou após a revelação de sua participação no jantar. Em seguida, o processo foi encaminhado ao desembargador André Carvalho, que igualmente declarou sua suspeição em 20 de dezembro, devido à sua presença no evento. Por fim, o caso chegou às mãos de Steil, que seguiu o mesmo caminho.

Luciano Hang (ao fundo, de pé) oferece jantar de Natal a desembargadores e juízes de Santa Catarina em sua mansão em Brusque (SC) (crédito: arquivo pessoal)
Luciano Hang (ao fundo, de pé) oferece jantar de Natal a desembargadores e juízes de Santa Catarina em sua mansão em Brusque (SC) (crédito: arquivo pessoal)

O processo e as acusações

O recurso em tramitação no TJSC foi protocolado pela defesa do professor Guilherme Howes Neto, morador de Santa Maria (RS), que foi condenado no ano passado a pagar R$ 20 mil a Luciano Hang por danos morais. A condenação foi motivada por publicações em redes sociais consideradas difamatórias e ofensivas ao empresário.

A decisão inicial foi proferida pelo juiz Gilberto Gomes de Oliveira Junior, da 1ª Vara Cível de Brusque (SC). Ele é filho do desembargador Gilberto Gomes de Oliveira, que também esteve presente no jantar organizado por Hang.

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