Ibama confirma vazamento de ácido sulfúrico no Rio Tocantins, onde caiu ponte, mas descarta contaminação

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou, nesta segunda-feira (6), o vazamento de ácido sulfúrico no rio Tocantins, após o colapso de parte da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, em 22 de dezembro de 2024.

A queda da ponte, localizada na BR-226, entre as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), resultou na queda de três caminhões que transportavam cargas perigosas: agrotóxicos (Carnadine, PIQUE 240SL e Tractor) e ácido sulfúrico.

Apesar da confirmação do vazamento, as análises preliminares da qualidade da água, realizadas em conjunto pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema/Maranhão) e pela Agência Nacional das Águas (ANA), indicam que os parâmetros avaliados até o momento estão dentro da normalidade para água doce, e nenhum impacto à fauna local foi constatado.

Informações preliminares dos mergulhos realizados no local revelaram fissuras em um dos tanques de ácido sulfúrico, pertencente à empresa Pira-Química, que continha 23 mil litros do produto.

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A suspeita é de que o tanque tenha sido danificado durante o impacto da queda. Um relatório oficial com as informações dos mergulhos foi solicitado pelo Ibama à Pira-Química, com previsão de entrega para quinta-feira (9).

Outro caminhão, da empresa Videira, transportava 40 mil litros de ácido sulfúrico. Após análise visual, o tanque aparenta estar intacto, mas o Ibama solicitou que a empresa realize o monitoramento do tanque e apresente uma análise de riscos para a retirada do veículo.

O terceiro caminhão, da empresa Suminoto, transportava agrotóxicos. A empresa contratou uma equipe para a retirada das bombonas com os produtos químicos.

O Ibama acionou as três empresas transportadoras, responsáveis pelos veículos com as cargas perigosas, além do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), para elaborarem Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) para a retirada dos caminhões do rio.

A execução da retirada dos produtos químicos terá início após a conclusão das buscas por vítimas, que estão sendo coordenadas pela Marinha do Brasil e pelas Defesas Civis do Maranhão e do Tocantins.

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