(Editada) Aumento de preços em estacionamentos preocupa população em Juiz de Fora

Preco em estacionamentos Felipe Couri

Preco em estacionamentos JF Felipe Couri
(Foto: Felipe Couri)

A alta nos valores de estacionamento em Juiz de Fora tem preocupado os moradores da cidade. Acostumados a notar uma diferença de R$ 1 ou R$ 2  no valor cobrado durante a temporada de final de ano, a população se assusta ao perceber a extensão da cobrança nos primeiros dias de janeiro e o aumento maior do que o usual em alguns estabelecimentos. De acordo com o relato dos consumidores, há locais em que a alta foi de R$ 8.

Após receber uma denúncia sobre o assunto, a Tribuna foi às ruas saber a opinião pública acerca do que tem ocorrido. A consumidora Angélica Teles contou que pagou o dobro do que o habitual. Acostumada a sempre estacionar em um local onde o preço cobrado é R$ 8, ela precisou fazer uso de outro estacionamento e, ao pagar, foi surpreendida com a cobrança com o valor em dobro do que geralmente paga. 

A pedagoga Maria Silva relatou o hábito de sair com antecedência de casa, a fim de tentar parar na Zona Azul e não ter que fazer uso dos estacionamentos. Porém, ela admite ter muitas dificuldades e alega ser “impossível” estacionar nestes locais no período entre o fim e início de ano. Maria ainda conta que, em certas ocasiões, entra em um estacionamento, visualiza o preço, e deixa o local na mesma hora, caso o valor esteja caro.

A lojista Jaqueline Vitral afirma que, por ter pais idosos, faz uso frequente dos estacionamentos, a fim de facilitar a locomoção dos familiares pela cidade. Ela também considera que as cobranças têm sido abusivas. Já o servidor público Jeferson Andrade notou a diferença de R$ 2 nos preços no fim do ano. 

Denúncias não foram formalizadas no Procon

A Tribuna entrou em contato com a assessoria da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JF) que informou não ter recebido denúncias ou reclamações formais acerca da alta dos preços nos estacionamentos da cidade nos últimos dois anos. 

Ainda de acordo com a assessoria, apenas três queixas foram realizadas em 2024, sendo uma sobre má qualidade do serviço prestado, uma sobre imposição de multa indevida não prevista em contrato e uma sobre dificuldade de reclamação com o estabelecimento.

Em 2023, duas reclamações foram registradas, sendo uma sobre má qualidade do serviço prestado e outra sobre cobrança indevida.

O Procon ainda afirma que o mercado dos estacionamentos é liberal, ou seja, não há um limite de quanto o valor pode ser aumentado em um determinado espaço de tempo. A assessoria afirma que um “aumento abusivo” se caracteriza como sem justificativa para tal.

Assim como o Procon, o coordenador do Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon), Nilson Ferreira, explica que o aumento do preço não se caracteriza como abusivo se houver uma justificativa para tal, como despesas para manutenção do estabelecimento, por exemplo. “O preço abusivo só é caracterizado se há um aumento em uma determinada época, como dezembro e janeiro, e depois há o retorno para o valor praticado anteriormente”, afirma.

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