Até 2050, 79 milhões de casas nos EUA poderão estar sob risco de incêndios florestais

Bombeiro monitora uma colina em chamas ao redor da Universidade Pepperdine durante o incêndio Franklin em Malibu no dia 10 de dezembro. Fotógrafo: Kyle Grillot/Bloomberg

Os incêndios florestais na Califórnia têm exposto uma crise que vai além das perdas materiais e atinge diretamente a vida de milhares de pessoas. Nos últimos dias, cerca de 100 mil americanos foram obrigados a deixar suas casas enquanto ventos de até 160 km/h espalham rapidamente as chamas, dificultando o trabalho das equipes de combate ao fogo.

As consequências desses desastres naturais ressaltam a vulnerabilidade de populações em diversas partes do mundo, principalmente em regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas. Com informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

A ONU e ativistas climáticos alertam que, sem mudanças profundas no comportamento da sociedade, dos governos e na produção econômica, eventos como esses serão apenas o início de uma era ainda mais desafiadora.

Segundo projeções, até 2050, 79 milhões de residências nos Estados Unidos poderão estar sob risco de incêndios florestais. Desde 2017, a Califórnia já perdeu mais de 31 mil casas, e a capacidade das seguradoras de cobrir os prejuízos bilionários se torna cada vez mais incerta.

A crise climática, no entanto, não se limita aos Estados Unidos. Em 2022, desastres relacionados ao clima foram responsáveis por mais da metade dos deslocamentos forçados no mundo, afetando 32,6 milhões de pessoas. Esse número representa um aumento de 40% em relação aos dados de 2008. Dados da ONU revelam que 60% dos refugiados globais estão atualmente em países considerados os mais vulneráveis às mudanças climáticas.

As mudanças climáticas têm sido descritas como um “multiplicador de ameaças,” intensificando fatores como pobreza, perda de meios de subsistência e a competição por recursos escassos. Essas condições podem levar a conflitos e novos deslocamentos, ampliando a crise humanitária.

Com a aceleração dos impactos climáticos, o número de refugiados climáticos deve continuar a crescer, demandando ações urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger populações vulneráveis em todo o mundo.

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