Quem é a “Rainha do Pó”, foragida da PF há mais de 10 anos por tráfico de cocaína

Possíveis disfarces da Rainha do Pó divulgados pela PF
A maior exportadora de cocaína por meio do Porto de Santos, Karine Campos: ela foi apelidada por investigadores de “Rainha do Pó”. Foto: reprodução

Karine Campos, conhecida como “Rainha do Pó” pelos investigadores, é apontada como a maior exportadora de cocaína pelo Porto de Santos e acumula uma série de investigações e processos. Ela e seu marido, Marcelo Mendes Ferreira, também procurado pela Polícia Federal (PF), ganharam o apelido de “Família Busca Pó” no meio policial.

Recentemente, Karine teve seu mandado de prisão revogado pela Justiça Federal de Santos, por ordem do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro considerou irregular uma ação de busca e apreensão realizada na Operação Alba Vírus, que tinha como alvo o grupo criminoso liderado por ela.

A decisão foi confirmada pela Quinta Turma do STJ, anulando os efeitos da busca e proibindo o uso do material coletado, além de cancelar o mandado de prisão até o término do processo.

Karine está foragida desde 2021, quando foi colocada em prisão domiciliar pelo STJ devido à necessidade de cuidar de seus dois filhos menores. No entanto, sua atuação no tráfico internacional de drogas já a colocou na mira da Justiça e de operações policiais por mais de uma década.

Desde 2018, ela e o marido são responsabilizados pelo envio de toneladas de cocaína para a Europa por meio de portos brasileiros. Karine foi condenada a 17 anos e dois meses de prisão, enquanto Marcelo enfrenta uma pena de 15 anos e dois meses.

Casal que chefia tráfico em portos do Brasil está na mira da Polícia Federal
Marcelo Mendes Ferreira e Karine Campos, a “Rainha do Pó”: o casal é conhecido no meio policial como a “Família Busca Pó”. Foto: reprodução

A trajetória de Karine como alvo de investigações começou em 2011, com a Operação Maia, da Polícia Civil da Bahia. Em 2014, ela reapareceu na Operação Twister, da Polícia Federal.

Já em 2019, a traficante foi investigada novamente na Operação Alba Branca, que apontou sua liderança em uma organização criminosa responsável pela exportação de mais de 6 toneladas de cocaína pelo Porto de Santos para países da Europa. A investigação também revelou que o grupo liderado por ela arrecadou cerca de R$ 1 bilhão com o tráfico internacional.

As atividades criminosas da organização permitiram a Karine acumular um vasto patrimônio, incluindo casas, uma fazenda, joias e veículos de luxo. Em operações realizadas pela Polícia Federal, foram apreendidos R$ 1,7 milhão em joias e o registro de uma fazenda avaliada em R$ 12 milhões.

De acordo com a sentença que condenou Karine, “importa destacar que, pelas informações obtidas, os contêineres contaminados com a cocaína não eram embarcados somente pelo porto de Santos (SP), mas também por Navegantes (SC), Paranaguá (PR) e possivelmente outros, inclusive no Nordeste. Desse modo, é possível concluir que a organização criminosa possuía galpões em mais de um estado da Federação”.

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