AGU pede inquérito e apura internamente se o X vazou informações do STF

A (AGU) iniciou uma investigação para examinar se a rede social X, antigo Twitter, promoveu o vazamento de informações confidenciais do Supremo Tribunal Federal (STF). Paralelamente, o órgão solicitou ao STF que seja aberta uma investigação sobre possíveis crimes relacionados ao mesmo incidente.

A AGU instaurou um Procedimento Prévio de Coleta de Informações (PPCI), que pode resultar em responsabilidades administrativas e civis para a rede social X. Uma das suspeitas é que a “divulgação de informações confidenciais foi uma tentativa de influenciar, obstruir ou atrasar investigações.”

Para conduzir essa investigação interna, a AGU solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, o compartilhamento de provas do inquérito sobre milícias digitais e também da investigação aberta contra o empresário Elon Musk, proprietário da rede social X, para examinar possível descumprimento de decisões judiciais.

Além disso, a AGU apresentou a Moraes uma notícia de fato sobre o vazamento de decisões e ofícios do STF e pediu para encaminhar o caso ao Ministério Público Federal (MPF), “para averiguar possíveis delitos”.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que houve uma “tentativa de desestabilizar o Estado Democrático estabelecido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, por meio da divulgação de documentos sigilosos relacionados a processos em andamento no STF e no Tribunal Superior Eleitoral.”

Recentemente, trechos de documentos do STF foram publicados inicialmente pelo jornalista americano Michael Shellenberger. Posteriormente, um volume maior de ofícios foi divulgado por um comitê da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

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